Com instalações modernas, laboratório de informática, biblioteca, cozinha, espaço para recreação e salas confortáveis, a Escola Estadual Pajé Miguel Selestino, na Aldeia Fazenda Canto, em Palmeira dos Índios, foi entregue a comunidade indígena Xucuru-Kariri. A nova unidade de ensino, inaugurada nesta quinta-feira (30), conta com oito salas de aula e vai atender alunos da Educação Infantil, Jovens e Adultos (EJA), além dos Programa Mais Educação e Educação Especial.
Atendendo todas as recomendações preconizadas pelo Ministério da Educação (MEC), o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria da Educação e do Esporte (SEE), investiu 700 mil reais e honra o compromisso assumido com as lideranças indígenas de Palmeira dos Índios, entregando um prédio com estrutura física que proporciona melhores condições de trabalho para professores e funcionários, além de conforto para cerca de 200 alunos.
A diretora-geral da Escola Estadual Pajé Miguel Selestino, Luci Souza, destaca que o novo prédio representa um antigo sonho da comunidade indígena e que muda, de forma significativa, o cenário vivenciado por alunos, professores e funcionários.
“Estamos vivendo um momento novo, uma nova realidade. As instalações da nova escola trazem benefícios para a comunidade escolar e para a aldeia, um ambiente favorável para o aprendizado de nossos alunos”, comemora Luci Souza.
A servidora Janaina Machado da Silva, que atua há cinco anos na Educação Infantil na aldeia Xucuru-Cariri, reconhece que a nova escola apresenta uma estrutura de qualidade, onde os alunos passam a dispor de um espaço adequado tanto para a aprendizagem, como para recreação e lazer. “Além de oferecer todas as condições para a prática de ensino, já percebemos que a nova escola tem contribuído para o melhor rendimento dos alunos”, afirma.
Espaço para aprendizagem
Ana Maria, ex-aluna e conselheira da escola, foi a representante da aldeia responsável pela fiscalização e acompanhamento das obras da construção do novo prédio da Escola Estadual Pajé Miguel Selestino. Ela dividiu seu tempo como professora da rede municipal de ensino e também acompanhando o trabalho da construtora, responsável pelas obras.
“Foram sete meses de muito trabalho e esforço, mas valeu a pena”, ressalta Ana Maria, destacando o compromisso e sensibilidade do governador e da secretária da educação de Alagoas.
José Messias Filho, liderança da comunidade e integrante do conselho fiscal da escola, acredita que a nova escola entregue à comunidade indígena vai possibilitar uma educação de qualidade e que os alunos que estudam fora da comunidade vão retornar para a sua aldeia. “Foi uma conquista de todos. Essas melhorias contribuirão com a formação dos estudantes”, comemora.
A diretora-geral Luci Souza explica ainda que o calendário escolar segue normalmente e que sua conclusão acontecerá no final de dezembro. Ela informa que para o próximo ano a meta é implantar diversas atividades com foco para o fortalecimento e o resgate da cultura indígena, a exemplo de danças, língua, religião, artesanato e agricultura. “Já temos demanda de professores e alunos para nossos projetos”, afirma Luci Souza.
Fonte: SEE
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