Fazer uma caminhada por dentro de uma reserva de Mata Atlântica é uma ótima experiência para quem aprecia o contato direto com a natureza. Uma boa opção é a Trilha do Visgueiro, em Maragogi, no Litoral Norte de Alagoas, onde é possível contemplar visgueiros gigantes, árvores centenárias que resistiram à ação do homem e do tempo.
A trilha fica no assentamento agrário Água Fria, que surgiu em 1997, com a chegada de 42 famílias ao local, a 18 km da cidade de Maragogi. A partir daí, são aproximadamente 6 km de caminhada, em uma rota feita em círculo para evitar a necessidade do turista refazer trechos. O passeio dura em média duas horas, com paradas para contemplação do lugar e banho de bica, tudo isso em uma reserva natual de Mata Atlântica.
O roteiro é uma das 23 Rotas Oficiais da Copa do Mundo de 2014, uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em parceria com o Ministério do Turismo (MTur) e o Sebrae com foco na promoção e comercialização de produtos, serviços e destinos da agricultura familiar localizados no entorno das cidades-sede da Copa. (Confira a lista completa abaixo).
O trajeto é guiado por um dos trabalhadores rurais do assentamento. A cada passo são desvendados os segredos da Mata Atlântica, com árvores diversas e canto dos pássaros como curió, sanhaçu, pica-pau, entre outros animais que habitam o local a exemplo de tatus, cotias, tejos, quatis.
Também, logo no primeiro trecho do percurso, visgueiros de diversos tamanhos começam a aparecer antecedendo os maiores que estão por vir ao longo da trilha. São inúmeros. No entanto, nenhum deles tem mais destaque que o Gran Visgueiro, árvore-mãe com mais de 500 anos e 22 metros de altura, copa extensa e raízes que chegam a se estender por um raio superior a 50 metros de distância.
Raízes externas ganham destaque a cada aproximação devido à capacidade de crescer com a árvore que sustenta, como se formassem muretas de proteção capaz de ultrapassar a altura de homem em pé. “Quando as pessoas que não conhecem este visgueiro perguntam se realmente ele é grande, digo apenas que, por conta da raiz, são necessárias quinze pessoas para abraçá-lo. E que de tão grande, não é fácil fazer foto dele por completo. Acho que isso dá uma ideia do tamanho da árvore”, relata o guia e morador local, Geraldo Cândido.
Durante todo o percurso, o guia relata histórias sobre a vida da comunidade e a relação com a reserva de Mata Atlântica, que possui árvores que servem de produtos para medicina e arquitetura popular, como também conceitos que envolvem a preservação das espécies e a educação ambiental.
Fonte: G1
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