O município de Arapiraca foi escolhido pela Universidade de Tóquio (Tokyo Medical and Dental University (TMDU) e governo do Japão, para participar de um grupo de estudos para a prevenção do câncer do intestino no Brasil.
O país é o segundo da América Latina, inserido no estudo, que já é feito no Chile.
De acordo com o médico-gastroenterlogista arapiraquense Herbert Toledo, da Clínica Santa Fé, foi feito o convite há cerca de um ano para ingressar na equipe de pesquisadores.
Segundo ele, antes de aderir ao grupo, que também conta com a participação de médica arapiraquense Ana Paula Fernandes Barbosa, do Núcleo de Prevenção e Diagnóstico do Câncer (NPDC), ocorreram intercâmbios com especialistas do Núcleo de Tumores Colorretais do A.C.Camargo Center de São Paulo, Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), Fundação Riograndense Universitária de Gastroenterologia (Fugast – RS) e Universidade de Brasília (UNB).
O estudo é um projeto-piloto de prevenção de câncer de intestino. A pesquisa faz parte de um programa do governo japonês na América Latina.
As instituições participantes recebem apoio por meio do fornecimento dos kits para realização de exame de sangue oculto nas fezes fabricados pelos japoneses, que utilizam o método imunoquímico.
O governo japonês vai fornecer, paralelamente à pesquisa, um kit com máquinas e equipamentos para ampliar os estudos.
Fonte: Tribuna Hoje
O objetivo é comparar a eficiência dos dois tipos até a conclusão do estudo em janeiro do próximo ano.
Além disso, a iniciativa também mostra a viabilidade da pesquisa de sangue oculto nas fezes como exame de rastreamento para colonoscopia em grande populações.
A colonoscopia é o exame de escolha para diagnóstico precoce de câncer de intestino, mas invasivo e o paciente submetido à sedação.
SUS
De acordo com o médico arapiraquense Herbert Toledo, além de custo relativamente elevado, o método não permite exames em grandes populações.
Ele adianta que, o novo método japonês, com a pesquisa de sangue oculto nas fezes, é um exame barato, rápido e eficiente para selecionar os pacientes que devem ser encaminhados para a colonoscopia.
Toledo explica que a ideia é levar a experiência para o sistema público de saúde de Arapiraca.
Para tanto, a médica Luciana Rubia, representando a Secretaria Municipal de Saúde, foi convidada, neste fim de semana, para participar de reunião, com uma parte do grupo de estudos, que realizaram um encontro na Clínica Santa Fé, em Arapiraca.
A médica Paulyanne Barbosa atuou como tradutora na reunião. Durante o encontro ficou definido que o projeto vai atender mais de mil pessoas em Arapiraca, sobretudo homens e mulheres com idade entre 50 a 70 anos e que sejam usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no município e região.
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