Alunos da Fundação de Ensino Superior de Olinda(Funeso), com extensão em São Miguel dos Campos, devem procurar o Ministério Público e a Polícia Civil, nesta segunda-feira, para denunciar a faculdade por fraude.
De acordo com os estudantes, após uma série de denúncias contra a instituição nos últimos dias, um representante da Funeso veio a São Miguel neste domingo, dia 27, para dar explicações, “questionamos essa pessoa sobre a autorização que a faculdade não possui pelo MEC para emitir diploma aos alunos, mas ele simplesmente desconversou e não respondeu, alegando apenas que tudo que foi mostrado em um telejornal seria mentira e armação”, esclarece a aluna Geni Kelly.
Mesmo sendo pressionado para dar garantias de que o curso teria validade e os alunos não seriam prejudicados, o representante da instituição não teve argumentos para convencer os estudantes e deixou o local sem dar explicações sobre a validade do curso e autorização da faculdade para operar a distância.
Os alunos já constituíram advogado e devem iniciar, esta semana, uma batalha judicial contra a Funeso, “vamos registrar boletim de ocorrência e ingressar na Justiça, queremos garantias de que o curso tem validade, ou nosso dinheiro de volta”, completa Kelly, lamentando o tempo perdido.
CPI
Após um levantamento, a reportagem do AlagoasWeb descobriu que a Funeso é alvo de uma CPI em seu estado de origem, Pernambuco. A instituição está entre outras 30 que estão sendo investigadas por irregularidades, a exemplo de cursos falsos de extensão e venda de diplomas.
A faculdade, que está presente em todos os estados do Nordeste, já adotou vários nomes nos últimos anos – Fadire, Faculdade Anchieta e Funeso.
Em Alagoas a instituição opera em pelo menos três cidades, Viçosa, Satuba e São Miguel dos Campos, onde o Curso de Pedagogia acontece aos domingos, nas instalações do Colégio Nunila Machado.
A ação judicial deve ser movida por aproximadamente 40 estudantes, alguns deles com mais de dois anos de curso.
Fonte: AlagoasWeb
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