Depois de quase duas décadas sem aparecer significativamente na Lagoa Manguaba, no trecho que compreende as margens da lagoa no centro histórico deodorense, o sururu (Mytella charruana), volta a ser retirado pelos pescadores.
Ele é um molusco bivalve (inserido entre duas conchas) da ordem Mytiloida, popularmente conhecido no Nordeste do Brasil. É semelhante à ostra e o prato típico mais conhecido feito dessa espécie é o “caldo de sururu”, à base de dendê e leite de coco. É referência nas cozinhas Baiana, Alagoana, Pernambucana e Sergipana.
A população local comemora a volta deste importante molusco para a culinária da região, principalmente pelo fato de que a espécie havia desaparecido deste trecho da lagoa Manguaba há cerca de duas décadas.
Conversando com alguns pescadores, o Marechal Notícias conseguiu informações que atribuem a abertura da chamada ‘Boca da Barra’, como sendo a responsável pela mudança na água que favoreceu o aparecimento do sururu.
‘A gente precisa que a água do mar entre pelos canais com a maré alta, para aumentar quantidade de peixe e sururu’, respondeu José Pedro quando falava sobre a importância do desassoreamento pontual do estuário lagunar.
Fotos: André do MN
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