Fico pasmo com a desinformação cultural que existe em algumas cidades históricas. Tomei conhecimento que ainda dizem que “as casas têm três níveis de beiral, a eira, beira e a tribeira”.
Em artigo no Jornal ATUALIDADES, há algum tempo, esclareci que eira não tem nada com o telhado.
Eira é um “substantivo feminino e designa a área de terra batida, lajeada ou cimentada, onde se malham, trilham, secam e limpam cereais e legumes; é o almanxar (Lugar onde os figos são postos a secar); é o terreno onde se junta o sal, ao lado das marinhas; é ainda o pátio, em algumas fábricas de tecido e ainda o anexo às fábricas de açúcar, onde se guardam as canas antes de serem utilizadas.”(Dicionário Aurélio). Enquanto beira e tribeira são abas de telhado.
Ambas as situações só eram possíveis para quem tinha posses e daí a expressão “sem eira nem beira”, que significa sem recursos, na miséria e vem de elementos de edificações coloniais. As casas das pessoas mais importantes e ricas tinham as duas estruturas – eira – o pátio anexo às casas – e a beira –arremates do telhado. Já as casas mais simples não tinham nem a eira e nem a beira, eram taperas, assim então surgindo a designação.
Ambas as situações só eram possíveis para quem tinha posses e daí a expressão “sem eira nem beira”, que significa sem recursos, na miséria e vem de elementos de edificações coloniais. As casas das pessoas mais importantes e ricas tinham as duas estruturas – eira – o pátio anexo às casas – e a beira –arremates do telhado. Já as casas mais simples não tinham nem a eira e nem a beira, eram taperas, assim então surgindo a designação.
Fonte: Paulo Alencar / Blog Atualidades
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