Mais de sessenta profissionais estão trabalhando desde sábado no atendimento emergencial às vítimas das chuvas no município desde a última quinta-feira (25)
Texto: Izabelle Targino
Fotos: Hiarley Sabino e Welllington Alves
As fortes chuvas que atingiram o município de Marechal Deodoro desde a última quinta-feira (25) deixaram diversos bairros e comunidades do município inundados e milhares de pessoas em contato com águas contaminada e à mercê de doenças transmitidas pelo contato e consumo de águas contaminadas.
Diante deste quadro, a Secretaria Municipal de Saúde montou um posto médico na seda da Secretaria de Educação, onde profissionais de saúde do município, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros vêm realizando o atendimento às famílias desabrigadas e desalojadas. Além disso, mais de sessenta profissionais saírem em equipes para fazer atendimentos nos abrigos e nas Unidades de Saúde que não foram comprometidas pelas chuvas.
“Depois de realizar o primeiro atendimento de emergência, estamos realizando o bloqueio vacinal contra a hepatite B, principalmente nas pessoas que tiveram contato com a água da inundação, e intensificar a vacinação contra a gripe, que estávamos no meio da campanha, além de difteria e tétano”, explicou o secretário municipal de Saúde, Aérton Lessa.
Além das equipes volantes, o secretário de saúde informou também que as unidades de saúde que não foram danificadas com as chuvas estão funcionando já com as equipes e orienta que os moradores que tiveram contato com a água dos alagamentos. Além disso, a UPA está com funcionamento normalizado. Apenas as unidades de saúde da Ilha de Santa Rita e Barro Vermelho estão fechados, esta última teve perda total. Já a Unidade 24h, que estava com o atendimento prejudicado, já que estava ilhada, já normalizou. Apenas a transferência de pacientes está prejudicada, devido a falta de acesso da ambulância por conta das ruas que ainda estão alagadas. Entretanto, à medida que a água for baixando, o funcionamento será normalizado.
“A gente orienta que a população, qualquer pessoa que tenha tido contato com a água dos alagamentos e inundações, mesmo que não tenha sido nas suas casas, que procure as unidades de saúde dos seus bairros para fazer a cobertura vacinal. Estamos pedindo um reforço de vacinas à Secretaria de Estado da Saúde e também ao Ministério da Saúde”, disse o secretário.
Monitoramento de doenças de veiculação hídrica
A partir desta quarta-feira (31), as equipes da Secretaria de Saúde iniciam a fase de monitoramento das doenças que surgem após os contatos com as águas das enchentes como a leptospirose, diarreia, cólera. As equipes farão sairão a campo fazendo contato com as famílias e passando orientações sobre os sintomas das doenças que surgem após as chuvas e que a única prevenção é não ter contato com água ou alimentos contaminados.
De acordo com o secretário, os sintomas de algumas doenças começam a surgir, pelo menos, duas semanas após o contato com a água ou alimentos contaminados. A orientação é que, caso as pessoas apresentem sintomas como febre alta que começa de repente, mal-estar, dor muscular especialmente na panturrilha, de cabeça e no tórax, olhos vermelhos, tosse, cansaço, calafrios, náuseas, diarreia, desidratação, e manchas vermelhas no corpo, devem procurar a unidade de saúde mais próxima.
Em caso de não haver água potável para o consumo, a orientação é que as pessoas podem tratar a água com duas gotas de água sanitária para um litro de água ou uma gota de hipoclorito de sódio (cloro 10%) para dois litros de água, meia hora antes do consumo. Ferver a água de qualidade suspeita por 30 minutos também é eficiente.
Secom/PMMD
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