O Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), unidade assistencial da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), como referência para tratamento de acidentes ofídicos no estado, recebeu do início do ano até hoje (16/07), 105 casos de picadas de serpentes. Os dados apontam o município de Marechal Deodoro como o primeiro em número de ataques.
Os casos mais comuns são de empeçonhamentos por picadas de jararaca, com 48 casos em 2020. As cobras não peçonhentas vêm em segundo lugar em número de ataques com 37 casos.
A cascavel aparece em terceiro lugar com 15 casos, seguida da coral-verdadeira com 4 ataques. A surucucu foi responsável por uma única picada.
Em 2020, Marechal Deodoro desponta como o município de Alagoas com maior número de casos atendidos pelo Hospital Helvio Auto, com 13 ataques de cobras venenosas, 11 deles causados por jararaca.
A cidade de São Miguel dos Campos está em segundo lugar, com 7 casos; 6 pessoas picadas por jararaca e 1 por serpente não peçonhenta. Já Maragogi aparece como o município com o maior número de ataques de Cascavel, com 3 casos.
Ao ser picado por qualquer cobra, é imprescindível procurar socorro médico imediatamente. “As pessoas que são acometidas por ataques de serpentes não devem recorrer a crenças populares como passar fumo, espremer, utilizar torniquetes e outros. Devem procurar o serviço médico de saúde mais próximo, para administração do soro correspondente o quanto antes”, explicou a infectologista Luciana Pacheco.
O Hospital Helvio Auto dispõe de quatro tipos de soros diferentes para administração em pacientes de acordo com a espécie de serpentes, que são as mais comuns da fauna de nossa região: jararaca, cascavel, coral-verdadeira e surucucu.
Além do Hospital Escola Dr. Helvio Auto, por uma questão de rapidez e logística, outras unidades no interior do estado também dispõem de soros antiofídicos, como em Santana do Ipanema, Palmeira dos Índios e Arapiraca.
Ao serem picadas, muitas pessoas trazem o animal vivo ou morto ao hospital para os especialistas identificá-lo, mas Dra. Luciana alerta que esta prática não é necessária: “as manifestações clínicas são soberanas, por meio dos sintomas nós sabemos qual tipo de veneno foi inoculado e qual a serpente responsável, não é necessário correr mais riscos para trazer o animal”, concluiu.
Fonte: Ana Paula Tenório/assessoria
0 Comentários
Os comentários estão fechados.