Por Ascom/IFAL-MD
Pode parecer uma simples brincadeira, mas não é. A prática de bullying está diretamente relacionada a problemas físicos, mentais e sociais entre estudantes. Para prevenir comportamentos agressivos nas escolas, o Ifal (Instituto Federal de Alagoas) – Campus Marechal Deodoro lançou a campanha #MinhaEscolaSemBullying, incentivando os alunos a debaterem o tema, inclusive na internet, usando a hashtag.
A campanha foi idealizada pelo Departamento de Apoio Acadêmico (DAA) do Campus e conta com uma equipe especializada que inclui médicas, dentista, assistentes sociais e psicóloga. A partir de filmes educativos, palestras, debates e outras atividades, a equipe busca despertar nos estudantes a consciência das consequências negativas da prática do bullying e o incentivo a denúncias.
“Quando se trata de qualquer tipo de agressão, as vítimas tendem a se envergonhar e ficarem caladas. Também é assim com o bullying. O que nós dizemos aos estudantes é que a nossa escola não é conivente com essas práticas e que eles devem buscar apoio caso sejam vítimas. E assim deve ser em qualquer escola”, explica a psicóloga Fernanda Fragoso.
Cyberbullying
Outro problema discutido pela equipe é o mau uso da internet pelos jovens, que pode resultar no bullying virtual, ou cyberbullying. Isso acontece quando agressões são feitas por meio de recursos eletrônicos, como computadores e celulares.
“Muitos jovens ainda acreditam que aquilo que fazem nas redes sociais não têm consequências, o que não é verdade”, analisa a assistente social Evelyn Cavalcante. “A violência virtual pode ser tão forte ou até maior que na vida real, por causa do seu poder de multiplicação”, diz Evelyn, que desenvolve seu projeto de mestrado “Compreensão de sentidos sobre bullying para profissionais de educação”.
Em todos os casos de bullying, sejam virtuais ou não, estão previstas penalidades do Código Penal e medidas do Estatuto da Criança e do Adolescente.
O que é bullying?
O termo inglês bullying advém de bull, cuja tradução para o português é “touro”, coloquialmente quer dizer “valentão”. O bullying se caracteriza por comportamentos agressivos de forma sistemática e intencional entre pares da escola, numa relação desigual de poder, com frequência em um período de tempo.
Os tipos de bullying podem ser físico, verbal, moral, sexual, psicológico, material e virtual. Os sintomas desenvolvidos pelas vítimas podem variar desde depressão e ansiedade, passando por dores de cabeça frequentes, gastrite, alterações no sono e problemas cardíacos, até baixo desempenho acadêmico e abandono escolar. Casos sem acompanhamento podem levar a consequências mais graves como homicídios e suicídios.
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