Joan é casada há 40 anos com um escritor que está prestes a receber o Prêmio Nobel de Literatura. A notícia abre um debate sobre um grande segredo do casal e faz Joan refletir se valeu a pena esconder seu próprio talento literário em nome do sucesso do marido. A história é contada no filme A Esposa, um dos concorrentes do Oscar 2019, exibido em uma sessão exclusiva do Arte Pajuçara para estudantes do Instituto Federal Alagoas (Ifal) – Campus Marechal Deodoro, na manhã desta quinta-feira (14).
A iniciativa foi do projeto de ensino Leia Mulheres – Marechal Deodoro, coordenado pela professora Elaine Rapôso, no campus do Ifal no município. Para muitos estudantes, foi a chance de conhecer uma sala de cinema e assistir a um filme pela primeira vez na telona. No final, eles participaram de um debate sobre a obra. “Por tudo isso, por toda a experiência, foi uma manhã incrível. Nosso projeto busca incentivar a leitura de obras escritas por mulheres e isso está também na base do filme”, diz a professora.
Os ingressos para a sessão foram custeados por servidores da escola, a convite do projeto. Participaram do evento estudantes dos cursos técnicos em Guia de Turismo, Meio Ambiente, Cozinha (EJA) e Hospedagem (EJA), além da ex-aluna da instituição, Maria Rosane, hoje uma das mediadoras do Leia Mulheres em Marechal Deodoro. “Achei fantástico o debate de hoje, para entender o recorte da mulher e os papéis aos quais ela se submete”, conta Rosane, de 20 anos.
Sílvio Santos também esteve por lá. Ele é aluno de Meio Ambiente, assistiu ao filme, participou do debate e gostou da experiência: “Foi importante para entender o que acontecia com as mulheres no passado e o que ainda acontece hoje. E pelo debate, a partir de várias ideias, formamos um diário construtivo, sobre o filme e sobre a realidade”.
O que é o Leia Mulheres?
O Leia Mulheres é um clube de leitura nacional, presente em mais de 80 cidades do Brasil, que incentiva a leitura e a circulação de obras escritas por mulheres. Em Marechal Deodoro, é organizado desde julho de 2017, por um grupo de estudantes do Ifal, coordenado pela professora Elaine Rapôso, doutora em Estudos Literários pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
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