O artesanato alagoano ganha mais um item de promoção nacional e internacional. O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) concedeu o registro de Indicação Geográfica (IG), , na espécie indicação de procedência, para o bordado filé da região das lagoas Mundaú e Manguaba, que compreende uma área de 252 km2 em torno dos municípios de Maceió, Marechal Deodoro, Pilar, Santa Luzia do Norte, Coqueiro Seco e Satuba. A IG foi concedida em nome do Instituto Bordado Filé das Lagoas de Mundaú-Manguaba.
O registro de IG permite delimitar uma área geográfica, restringindo o uso de seu nome aos produtores e prestadores de serviços da região (em geral, organizados em entidades representativas).
As populações do entorno das lagoas Mundaú e Manguaba são historicamente detentoras de conhecimento sobre a produção do bordado filé. A técnica nasceu no período colonial para a confecção de redes de pesca, outra atividade tradicional na região. Depois, foi incorporada pelas mulheres no tear.
As características marcantes do filé alagoano são as combinações de pontos de diferentes cores e intensidades, feitos em malha de espaçamento pequeno. O filé já foi registrado anteriormente como patrimônio cultural imaterial de Alagoas pelo Conselho Estadual de Cultura.
Entendendo a Indicação Geográfica
A espécie de IG chamada “denominação de origem” reconhece o nome de um país, cidade ou região cujo produto ou serviço tem certas características específicas graças a seu meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.
Já a espécie “indicação de procedência” se refere ao nome de um país, cidade ou região conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço.
Gazetaweb
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