Do G1/AL
Integrantes do Sindicato dos Servidores Públicos de Marechal Deodoro (Sinmad) realizaram uma caminhada nesta sexta-feira (28) para protestar contra o Plano de Cargos e Carreiras (PCC) dos profissionais. Segundo a categoria, da forma que foi aprovado o PCC dos professores, houve redução salarial.
Eles dizem que o Plano foi aprovado na Câmara de Vereadores em regime de urgência e sem a discussão necessária, reduzindo o percentual de ganho de professores por titulação. “O prefeito mexeu no PCC e causou perda de até 10% no salário dos professores. Além disso, aplicou o percentual que bem quis sem consultar o apoio [administrativo]”, disse o presidente do Sinmad, Marcos Antônio
O presidente do sindicato, Marcos Antonio Medeiros, disse que os profissionais tentam negociar com a prefeitura, mas que não teve sucesso.
Por causa disso, os servidores decidiram entrar em greve na última quarta-feira (26). “A greve foi o meio que encontramos para reivindicar nossos direitos”.
A professora Josefa Vieira diz que existe o salário base, que o governo federal passou 13,1% para aumento. “Só que o prefeito mexeu na porcentagem de acréscimo que é dada para cada título, mestrado, doutorado e entre outros. Daqui há algum tempo, o salário de todos os professores vai acabar se igualando. Não queremos aumento, mas ganhar o que é nosso por direito”, afirmou a professora.
A categoria também protesta contra falta de material na sala de aula, melhores condições de trabalho e denunciam assédio moral por parte de algumas diretoras de escolas.
O secretário de Comunicação da Prefeitura de Marechal Deodoro, Carlos Roberts, em entrevista à Rádio Gazeta, disse que com a inclusão do PCC não houve perda salarial. “Eles dizem que houve a perda, mas não pontuam nada. Está tudo muito vago. Os professores receberam aumento referente ao mês de maio, junho, julho e agosto que foram pagos esse mês. Então os professores tiveram aumento”, afirma.
O secretário diz ainda que a maioria dos servidores não aderiu à greve, como o sindicato falou. “A prefeitura pede que esses profissionais voltem para a sala para que nossas crianças não sejam prejudicadas. Trâmites legais sobre a greve não estão sendo seguidos pelo sindicato”, diz Carlos Roberts.
Carlos Roberts diz ainda que a categoria pede melhorias nas condições de trabalho, mas não pontuam as reivindicações. “Eles não falam que melhorias são essas. A prefeitura está aberta para o diálogo”, garante o secretário.
O secretário diz ainda que a Lei 007/2015 não foi aprovado em caráter de urgência. “Não teve nada disso. Se os vereadores não leram aí não é com a prefeitura. Nós estamos abertos ao diálogo, só que a categoria não quer”, afirma.
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