Texto: Sthefane Ferreira / Fotos: Wellington Alves e Rafaela Ferreira
O último dia da 9ª edição da Festa Literária de Marechal Deodoro foi marcado por grande presença de público, muito bate-papo e até culinária. Quem esteve presente na Flimar teve a oportunidade de escolher em qual espaço tinha mais afinidade. As atividades da Flimar se encerraram neste sábado (15).
A primeira mesa redonda deste sábado que teve como tema “Mulheres negras construindo espaços como resistência” e foi marcada pela presença das escritoras Ana Rita Marcelo de Castro e Lígia Ferreira. A segunda mesa redonda contou com a participação das escritoras alagoanas Marta Eugênia, Karol Moraes e Marília Matsumoto. Esta última, deodorense.
As escritoras falaram de como suas vivências influenciaram nas escritas de seus livros. “A gente precisa viver e sentir se não a poesia não flui e isso vem das nossas militâncias e de nossos estudos. O que vivemos a gente leva como inspiração para escrever”, disse a escritora Karol Moraes.
A terceira mesa foi marcada pela presença das componentes dos grupos Leia Mulheres das cidades de Marechal Deodoro, Maceió e Arapiraca, com a presença das escritoras Elaine Rapôso, Raquel Firmino e Laura Araújo.
“O Leia Mulheres é parte de uma ação afirmativa, no sentido de dar visibilidade às mulheres escritoras do passado e do presente. Nosso grupo funciona como uma medida de reparação histórica, que se volta para a construção de espaços de visibilidade”, disse Elaine Râposo.
A última mesa redonda desta edição teve como tema “O protagonismo das mulheres negras alagoanas” e contou com a presença de Mãe Neide, Brunna Moraes e Regina Lopes.
As crianças e jovens também puderam aproveitar o último dia com as atividades da Flimarzinha e da Imprensa Oficial Graciliano Ramos.
A 9ª Flimar foi encerrada com muita animação do público nos shows da cantora alagoana Fabi Canuto e da dupla Garota Sertaneja.
Sarau
O sarau deste sábado (15) teve a presença do escritor carioca Gustavo Lacombe, que escreve poemas sobre o amor livre de cobranças e abusos. Em meio a um mundo machista, seus textos ressaltam a importância da mulher e a valorização de relações respeitosas e saudáveis.
Além disso, a Associação Cultural de Travestis e Transexuais de Alagoas (ACTRANS) apresentou o Transhow, um espetáculo criado pelas próprias componentes, que possibilitam que cada uma apresente uma dança.
Fonte: http://www.marechaldeodoro.al.gov.br
De: Karolayne | Para: RESPONSÁVEIS PELA FLIMAR
A Flimar já foi muito boa na nossa cidade. Esse ano veio com uma roupagem diferente. É de cunho ideológico. Do tipo: resistência. No lugar de histórias para incentivar valores, a ideologia de gênero veio disfarçada. Crianças sendo indagadas se boneca era coisa de criança menina ou menino. Se carro era coisa de menino ou menina. E as crianças e adolescentes sendo incitadas a coisas que dizem respeito aos pais. Pais de santos desfilando palas avenidas e repassando seus “conhecimentos” para as crianças e adolescentes. Movimento de lésbicas, gays e travestis sendo exaltados como exemplo a ser seguido (lembrando que não se trata de homofobia. Mas respeitar as escolhas é uma coisa. Querer que a sociedade as tenha como corretas é outra). Enfim, um tema que exalta as mulheres. Quais mesmo? Apenas as negras, de cabelo afro? Que por sinal são lindas. Mas mulheres empoderadas são “todas”. Desde a que cuida dos filhos, marido e trabalho, até as negras que tanto se destacam na sociedade. Todas as mulheres são guerreiras e tem muita história para contar. Por fim, uma FLIMAR totalmente montada com as ideologias de seus responsáveis. A sociedade é em eclética. Deve se levar em conta todas as formas de pensar. Lamentável a edição desse ano.