Direção do Ifal Marechal reuniu servidores para explicar impactos da redução orçamentária
Ascom/Ifal-MD
Os cortes no orçamento federal destinado aos institutos federais de todo o Brasil já começam a afetar os serviços das escolas em Alagoas. No Campus Marechal Deodoro – a melhor escola pública do estado, segundo ranking do Enem – os trabalhos de limpeza estão sendo revezados e o número de visitas técnicas feitas por estudantes será reduzido no segundo semestre de 2017.
Nesta quinta-feira (11), a direção do Campus reuniu os servidores da instituição para explicar os impactos do novo corte de recursos para o Ifal, informado pelo Ministério da Educação na semana passada, em reunião com reitores dos institutos federais. O corte, estabelecido em 15% para o Ifal, chega após a portaria nº 28 do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, publicada em 16 de fevereiro de 2017, que determina um limite de gastos para bens e serviços nos órgãos do governo federal.
“Desde 2015, estamos acompanhando sucessivos cortes e contingenciamentos no Ifal. O Campus Marechal, por exemplo, operava em 2015 com um orçamento de mais de R$ 3 milhões. Este valor caiu para menos de R$ 2 milhões em 2017, quando estamos com uma estrutura maior e mais alunos que dois anos atrás”, explicou o chefe do Departamento de Orçamento e Finanças do Ifal – Campus Marechal Deodoro, Tiago Rodrigues.
Assistência Estudantil e postos de trabalho
De acordo com a diretora-geral do Campus, Marília Gois, a Reitoria do Ifal garantiu que o corte não irá afetar, a princípio, o orçamento da Assistência Estudantil, responsável pelo pagamento de refeições, bolsas e outros auxílios destinados a alunos de baixa renda.
“Temos sempre contado com o suporte financeiro da Reitoria para manter as atividades em dia no Campus Marechal e, por enquanto, existe a garantia da totalidade dos recursos na Assistência Estudantil. Além disso, vamos solicitar um suporte de R$ 350 mil em nosso orçamento, para conseguir manter nosso funcionamento. Mas, diante da previsão de novos cortes ao longo do ano, não sabemos o que poderá acontecer”, alerta Marília.
Durante a reunião, servidores esclareceram dúvidas e também se mostraram preocupados com a situação financeira dos institutos federais. “É necessário expor essa situação antes que o pior aconteça. No ano passado, as previsões de que os institutos federais poderiam fechar eram tidas como alarmistas, mas agora vemos um processo de sucateamento acontecendo”, disse o professor Ederson Matsumoto.
Nas próximas semanas, a direção da escola pretende convocar reuniões com pais de alunos e com a comunidade externa para informar sobre a situação orçamentária.
O Campus Marechal Deodoro
Fundado em 1995, o Campus Marechal Deodoro ocupa uma área de mais de 38 mil m2, com laboratórios, salas de aulas, auditório, biblioteca, refeitório, área de apoio pedagógico-psicológico, área de atividades esportivas, área de atendimento médico-odontológico, área para serviços de apoio e área para atividades administrativas.
Em 2015, o Campus empregava 51 trabalhadores terceirizados, responsáveis pelos serviços de recepção, limpeza, jardinagem, condução de veículos, vigilância, entre outros. O número baixou para 42 em 2016, após as primeiras reduções no orçamento.
Hoje, o Campus conta com mais de mil alunos, distribuídos em cursos técnicos integrados, cursos técnicos do Proeja, curso superior e uma Especialização. Além disso, o primeiro mestrado da instituição deve começar no Campus no segundo semestre. Desde 2015, o Campus ocupa o primeiro lugar no ranking do Enem em Alagoas.
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