Alguns deles alegam não ter para onde ir; espaço na orla será reurbanizado
Muitos comerciantes da orla do Francês decidiram desmontar suas barracas já nesta terça-feira (31), para evitar a demolição na manhã desta quarta (1º). Alguns estão revoltados com a informação dada pelo prefeito de Marechal Deodoro, Cláudio Filho Cacau, alegando que não têm outra fonte de renda.
A reportagem da Gazeta de Alagoas foi até o local e conversou com alguns vendedores. Boa parte deles contratou serventes para desmontar a estrutura das barracas e “salvar o que era possível”. Os proprietários dos estabelecimentos, porém, não foram localizados.
“Minha mãe trabalhou mais de trinta anos nessa barraca. Eu passei um ano trabalhando. Hoje, estou ajudando a desmontar para reaproveitarmos o que for necessário e possível. É difícil, não é? Mas é uma decisão federal e temos que atender. Estamos tentando evitar prejuízos maiores, porque vão derrubar o que restou da estrutura amanhã”, disse o comerciante Anderson Santos.
Vários comerciantes estão revoltados porque passaram a vida trabalhando na Orla do Francês. Alguns já arrumaram emprego, enquanto outros não sabem o que vão fazer.
Os comerciantes que não têm outro emprego deverão seguir para o Centro do Francês, onde vão poder comercializar seus produtos.
DEMOLIÇÃO
O prefeito de Marechal Deodoro afirmou, nesta terça-feira, que o Município vai auxiliar os comerciantes que atuam na Praia do Francês para tentar minimizar os impactos da derrubada das barracas existentes no local. A previsão é que a demolição aconteça nesta quarta.
De acordo com ele, as barracas geram cerca de 400 empregos diretos ou indiretos, beneficiando a comunidade local. A Prefeitura planeja reurbanizar o espaço, com a criação de espaços de convivência, quadras esportivas e playgrounds.
“Nossa preocupação é com o lado social, pelo grande número de pessoas que dependem do turismo. As barracas são importante fonte de renda para a comunidade local. Nossa ideia é reurbanizar o espaço, após o carnaval, e atender aos moradores, comerciantes e turistas”, explicou Cláudio Filho, em entrevista à TV Gazeta.
O gestor explicou que a previsão inicial era de que as barracas fossem demolidas no mês de março. No entanto, um acordo que contou com a colaboração da Prefeitura conseguiu adiar a derrubada para o mês de novembro. “Nós temos nos reunido com os barraqueiros e acreditamos que não haverá incidentes”, ressaltou.
Gazetaweb
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