Ao correr da Praia do francês na manhã desta quarta-feira, 27, um banhista encontrou três barris vazios jogados na areia. Os tonéis, ao que tudo indica, armazenavam combustíveis e produtos tóxicos.
O funcionário público, David Castro, fazia sua corrida matinal, saindo da Praia do francês em direção à Barra de São Miguel, no litoral sul alagoano, quando a cerca de 1,5km do ponto inicial ele avistou um barril verde com cerca de um 1m de altura por 40 cm de diâmetro jogado na praia.
Ignorou-o e continuou correndo, quando aos 5km de corrida, ele encontrou mais dois barris vermelhos e duas pilhas de aproximadamente 70 centímetros de altura. Um dos barris possuía adesivo com a marca da empresa de produção de petróleo Shell.
As pilhas não tinham identificação. Próximo a esse material, David encontrou ainda duas tartarugas mortas, uma delas em estado avançado de decomposição.
“Estava correndo quando vi os barris, os vermelhos daqueles de 200 litros. Estavam vazios, mas possuíam cortes laterais. Eles estavam na areia como se a maré os tivesse trazido, pois estavam numa faixa de areia que a maré já tinha alcançado. Retirei da areia e os coloquei em cima da vegetação”, relata.
David disse que ainda não havia comunicado nenhuma instituição de proteção ambiental, ou policial, sobre o material encontrado. Um dos barris apresenta um símbolo em ‘X’ de cor preta sob um fundo laranja que significa que o material armazenado apresenta riscos se, inalado, ingerido ou houver penetração na pele. O barril traz ainda a inscrição ‘Enviroclean’.
A Capitania dos Portos foi contactada pela reportagem mas ainda não se pronunciou sobre a denúncia.
O coordenador do Instituto do Meio Ambiente (IMA), informou através do coordenador técnico do órgão Ricardo César, que essa não é a primeira vez que materiais como esse são encontrados no litoral alagoano. “Nós chamamos isso de material órfão, pois pode vir de qualquer parte do oceano e é transportado pelos ventos e correnteza. Não é corriqueiro, mas já aconteceu”, explica.
Sobre o adesivo da empresa Shell, Ricardo informou que a empresa é contatada para recolher o material, mas não necessariamente tem culpa sobre o incidente”. Ele informou ainda que não sabe dizer se o litoral alagoano seria rota de lixo tóxico.
fonte tnh1
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