
O clima é de tensão no município de Novo Lino após o corpo da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira ter sido encontrado, na tarde desta terça-feira, 15, dentro da casa da própria família. Revoltados com a morte da criança, populares apedrejaram a ambulância que levava a mãe da bebê para uma unidade de saúde, após a mulher passar mal.
Apesar do ataque, ninguém ficou ferido. Após receber atendimento médico, a mulher foi liberada e encaminhada a um local seguro, onde prestará depoimento aos delegados Igor Diego e João Marcello, que conduzem as investigações.
Enquanto isso, dezenas de moradores se concentram em frente ao Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), exigindo justiça. A Polícia Militar de Alagoas precisou isolar a área com fita zebrada, diante dos ânimos exaltados da população.
Um aparato policial continua isolando a área entorno da casa da família. A intenção é preservar o local até que a perícia da Polícia Científica conclua os levantamentos sobre o caso e colete os vestígios que ajudem a elucidar a dinâmica sobre a morte da criança.
Entenda o caso
Na última sexta-feira, 11, a mãe da criança esteve na sede do Cisp em Novo Lino para denunciar que sua filha, Ana Beatriz, de apenas 15 dias de nascida, tinha sido sequestrada por quatro suspeitos em um ponto da BR-101.
Na ocasião, a mulher relatou que os criminosos estavam em um veículo modelo Corsa Classic, de cor preta, e fugiram em direção ao estado de Pernambuco logo após o crime. Dentro do carro, estavam três homens e uma mulher.
No decorrer das investigações, um homem chegou a ser detido por conduzir o veículo supostamente utilizado no sequestro. O carro, que estava com três placas clonadas, gerou suspeitas imediatas entre os policiais. No entanto, após o homem comprovar o álibi, foi liberado.
O caso mobilizou um forte aparato policial, que passou a realizar buscas, em parceria do Corpo de Bombeiros e Polícias de Pernambuco, pela garota desaparecida. Contudo, com o passar dos dias e novos depoimentos, a mãe da criança passou a entrar em contradição e chegou a apresentar cinco versões para o desaparecimento de sua filha.
Nesta tarde, familiares da criança e o advogado da família, José Wellington de Oliveira, estiveram no Cisp para informação que o corpo da bebê tinha sido localizado. O local onde o corpo estava escondido foi indicado pela própria mãe. Agora, a Polícia Civil trabalha para descobrir a dinâmica do caso.
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