Léo Santana lançou, em dezembro de 2022, a música Zona de Perigo. Com menos de dois meses de seu lançamento, a canção estourou e conquistou o Brasil, conquistando o Top 1 das canções mais tocadas no Brasil nas plataformas de áudio e mais de 18 milhões de visualizações no Spotify. Além disso, a coreografia, compartilhada por Lore Improta, esposa do cantor, virou trend no TikTok.
E se engana quem pensa que o Brasil é o único a “viciar” na música do baiano. Ocupando o 25º lugar na lista global do Spotify, Zona de Perigo também é destaque em vários países, como Japão, Suíça, Portugal, Irlanda, Luxemburgo, Argentina, Bolívia, Uruguai e Paraguai.
Para entender como a música se tornou um verdadeiro viral, o Metrópoles conversou com o artista e produtor musical Julies Mazarini, que explicou os motivos para o estouro de Zona de Perigo. O profissional já trabalhou em cima de trios do Carnaval de Salvador e entende a importância e a dimensão da data para a Bahia.
“Eu acho que tudo começa com uma caneta arrebatadora, uma música composta em um período em que o Brasil vive um momento de alegria fora da curva. A gente sabe a importância dos artistas baianos na cultura do Carnaval brasileiro. Para mim, quando se pensa em Carnaval, são as escolas de samba e os trios elétricos de Salvador”, explicou.
Julies pontua os planos que fizeram a canção bombar: “Quando você acha esse golaço da caneta, na produção, junta um artista que só vem soltando hit atrás de hit e vem um plano de marketing muito bem executado, que vai desde redes sociais, plataformas de músicas e divulgação a imprensa, é um sucesso, não tem erro. São tributos muito bem amarrados que fazem cases como esse”.
Para o produtor, o Carnaval também contribuiu para o sucesso da música. “Historicamente, esses são meses do ano em que o Brasil consome outros tipos de música e muito mais baiana, que já tem, culturalmente, a sua importância histórica no Carnaval nacional. Eu não resumo o Léo a um artista de Carnaval. Ele transcende o Carnaval no Brasil inteiro, trabalhando músicas a nível nacional”, disse Julies.
“Acho que a música foi impulsionada muito por conta do que o país vive e do que o país merece. Depois da Pandemia, quase 1 milhão de mortes no Brasil, vivemos quatro anos de puro ódio, então o brasileiro quer alegria, quer festejar e Léo é a personificação da festa”, contou.
No TikTok, a dancinha de Zona de Perigo se tornou viral e milhares de vídeos foram gravados na plataforma de vídeos curtos. Só no perfil oficial de Léo Santana, foram mais de 12 milhões de visualizações.
“Hoje as dancinhas são importantíssimas na divulgação de um single. Temos que entender que, hoje em dia, é mais uma maneira de divulgação e que é extremamente eficaz, você conversa com um público completamente novo, que talvez você não conversasse naturalmente. Eu entendo a importância que isso otimiza as canções”, completou.
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