Do G1 AL
Integrante da Associação dos Moradores da Praia do Francês, em Marechal Deodoro, estão mapeando casas de veraneio que estão fechadas para ajudar no combate ao mosquito Aedes Aegypti. O objetivo do grupo é facilitar o acesso dos agentes de endemias aos imóveis que podem ter focos do mosquito.
Na piscina de uma casa que está fechada há mais de 5 anos o acúmulo de água suja no local preocupa os moradores do Francês.
Como a água está suja foi tirado uma amostra pra tentar ver se existia larvas que podem ser do mosquito Aedes Aegypti. E no primeiro balde já foram encontrados algumas larvas.
“É um absurdo em uma época dessa com tanta informação sobre o problema as pessoas ainda deixam armazenar água parada em lixo e outros locais”, fala o empresário e vice-presidente da associação, Marcos Albernaz.
Na casa do veterinário Wagner Guimarães Mello todo mundo foi picado pelo mosquito Aedes Aegypti. Por isso ninguém fica sem usar repelente. Depois de 40 dias, ele e a esposa ainda sentem dores no corpo. Com isso, o veterinário não tem dúvidas de que ele está com zika.
“Suspeitamos de zika, mas mesmo indo ao médico ninguém sabe ao certo o que é”, relata Wagner Guimarães.
Grávida de 5 meses, a depiladora Renata Cunha também não larga o repelente. Ela passa no corpo de 3 a 4 vezes por dia porque ficou assustada com os 139 casos de bebês com microcefalia em Alagoas. “A gente quando nota um mosquito mata e logo observa se é listrado para tentar identificar ser é o Aedes Aegypti. E quando é ficamos logo em pânico”, conta Renata.
Em Alagoas houve um aumento de 81,55% no número de casos suspeitos de dengue em 2015 comparado com o mesmo período de 2014. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) em 2015 foram notificados 30.046 casos suspeitos da doença, e em 2014 o total de 16.549. Além desses casos em 2015, 32 pacientes tiveram zika vírus e 49 febre chikungunya.
A reportagem da TV Gazeta fez algumas imagens aéreas para tentar localizar possíveis focos e o que foi registrado foram muitos terrenos baldios que estão cheios de mato, lixo que podem também estar acumulando água parada.
Mas não foi preciso imagem aérea pra detectar o que pode ser um foco assustador. Logo na esquina da praia do Francês a quantidade de larvas encontradas numa tubulação estourada na rua impressiona.
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