Nos últimos dias, banhistas que frequentam a Praia do Francês, em Marechal Deodoro e em outras praias da região sul de Alagoas, têm se deparado com uma cena incomum: centenas de águas-vivas mortas espalhadas pela areia.
Alta mortandade de águas-vivas intriga banhistas na Praia do Francês
O fenômeno tem causado surpresa e dúvidas entre os visitantes, especialmente por se tratar de uma espécie que, à primeira vista, parece inofensiva.
Espécie comum e inofensiva
As águas-vivas encontradas são, na verdade, da espécie Aurelia aurita, popularmente conhecida como medusa-da-lua ou cebola do mar. Essa espécie é comum em águas costeiras e se caracteriza por seu corpo translúcido e formato arredondado. Diferente de outras águas-vivas, como a caravela-portuguesa, a Aurelia aurita possui uma toxina fraca, sendo considerada inofensiva para a maioria das pessoas.
Causas da mortandade
Especialistas apontam que a alta mortandade dessas águas-vivas pode estar relacionada a fatores ambientais, como mudanças na temperatura da água, salinidade e correntes marítimas. Chuvas intensas e ventos fortes podem levar grandes quantidades desses organismos para áreas costeiras, onde acabam encalhando e morrendo.
O que fazer ao encontrar uma água-viva
- Não toque: Mesmo espécies consideradas inofensivas podem causar irritações em pessoas mais sensíveis.
- Evite o contato com animais mortos: Mesmo após a morte, as células urticantes podem permanecer ativas por algum tempo.
- Informe as autoridades locais: Caso observe uma grande quantidade de águas-vivas na praia, comunique os órgãos responsáveis para que possam monitorar a situação.
Crime ambiental ou fenômeno natural?
A presença e eventual mortandade de águas-vivas nas praias são fenômenos naturais e não configuram crime ambiental. Esses eventos fazem parte do ciclo de vida desses organismos e são influenciados por condições ambientais específicas.
A vida útil de uma água-viva, especialmente da espécie Aurelia aurita (a da sua foto), varia conforme o ambiente:
Na natureza (forma adulta – medusa): Vive em média 3 a 6 meses.
Em cativeiro (como em aquários controlados): Pode viver até 1 ano ou mais, dependendo das condições (temperatura, alimentação, qualidade da água).



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