Os valores da gasolina e do botijão gás serão reajustados a partir desta terça-feira (09), conforme anúncio da Petrobrás, que atribui a movimentação à alta das cotações internacionais do petróleo e à desvalorização cambial. Mas na prática, em Alagoas, o aumento no preço dos combustíveis já vem sendo sentido por motoristas há pelo menos um mês. “Eles estão aumentando 10 centavos toda semana, aumentou uns 50 ou 60 centavos em poucos meses, sempre de 10 em 10”, constatou um internauta.
O aumento anunciado para a gasolina é de R$,20 por litro. Com o reajuste, o preço do combustível em Alagoas vai ficar em torno dos R$ 6,30. Já o gás de cozinha de 13 kg foi reajustado em R$ 3,10, podendo chegar a mais de R$ 113, a depender do local.
É o primeiro reajuste nos preços de venda de gasolina pela Petrobras desde outubro de 2023.
Questionado sobre a variação anterior ao reajuste anunciado pela Petrobras, o Sindicombustíveis, entidade que representa os donos de postos de combustíveis em Alagoas, informou “não possui poder algum sobre a variação de preços dos combustíveis no estado”.
“Como entidade representativa dos postos de combustíveis e seus interesses, não realizamos avaliações, pesquisas ou influenciamos os preços praticados. Nosso papel é defender os interesses legítimos dos revendedores, promovendo o diálogo construtivo com as autoridades competentes e buscando condições equilibradas para o setor. Reiteramos que a determinação dos preços dos combustíveis é influenciada por uma série de fatores, como flutuações nos mercados internacionais, políticas de tributação, entre outros, sobre os quais não exercemos controle direto’, traz a nota.
Já a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) acrescentou que não tem participação na formação dos preços dos combustíveis, não fiscaliza e nem comenta variações de preços.
“Os preços dos combustíveis e do GLP (gás de cozinha) são livres no Brasil, por lei, desde 2002. São fixados pelo mercado. Não há preços máximos, mínimos, tabelamento, nem necessidade de autorização da ANP, nem de nenhum órgão público para que os preços sejam reajustados ao consumidor. Os preços são feitos pelo mercado, pelos agentes que nele atuam, como as refinarias (parte da Petrobras e parte privadas), usinas, distribuidoras e postos de combustíveis/revendas de GLP'”, disse a entidade.
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