Uma das belezas naturais de Alagoas é seu complexo lagunar, tido por muitos ambientalistas como um paraíso ecológico, porém frágil e ameaçado. A fragilidade e vulnerabilidade do ecossistema são facilmente constatadas pela patente e incessante depredação, ocasionada especialmente pela ocupação humana desordenada ao longo da orla das lagoas, muitas vezes em zona estuarina, o que dificulta ou impossibilita a procriação de peixes, crustáceos e animais.
Como não bastasse a depredação pela ocupação, alguns “pescadores”da Barra de São Miguel e Roteiro estão utilizando artefatos explosivos para matarem os peixes que lhes são interessantes comercialmente – confira no vídeo. As cenas foram gravadas na Lagoa do Roteiro por um turista que se indignou com o modo de pescar utilizado pelos autores, mostrando a possível falta de conhecimento deles sobre o impacto ambiental causado pela onda de choque do explosivo, notadamente na vida das demais espécies marinhas.
Alguns moradores do local, que preferiram o anonimato, relataram que essa prática é comum e acontecem há anos, sem que tenha havida qualquer intervenção ou providência dos órgãos ambientais. A inércia de tais órgãos causa estranheza pela forma rigorosa como tratam os processos administrativos que depende de estudo de impacto ambiental para sua aprovação, todavia, não agem de forma igual ao fiscalizarem ações predatórias como as exibidas.
As polícias ambiental e judiciária têm o dever de agir para prevenir e reprimir este nefasto crime, uma vez que essa modalidade de pesca, segundo o artigo 35 da lei 9.605/98, é tida como crime, cuja imposição de pena é de um a cinco anos de reclusão.
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