Prefeitura da cidade disse que as barracas não estão de acordo com as normas da SPU e, por isso, precisam ser demolida
Cerca de dez barracas devem ser demolidas na orla da Vila Niquim, na Barra de São Miguel, Litoral Sul de Alagoas. O prazo dado pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU) para que os comerciantes deixem o local é até o dia 19 de fevereiro de 2018.
Essa semana, a prefeitura de Marechal Deodoro com o apoio da SPU demoliram 13 barracas na Praia do Francês. A ação foi tranquila e nenhum comerciante tentou impedir a ação.
A presidente da Associação dos Barraqueiros, Eliane Da Silva dos Santos, disse que os comerciantes só ficaram sabendo há pouco tempo da decisão.
“Tem uns 20 dias fui chamada pela prefeitura que queriam que a gente fizessem um acordo para trabalhar até 18 de fevereiro. Sabíamos que precisava de uma licitação, mas não que ia chegar assim como uma avalanche. Estamos vendo com um advogado para lutar por um novo prazo. Tem gente que trabalha há mais de trinta anos e não pode ficar sem emprego.”, diz.
Alguns proprietários não sabem ao certo o que vai acontecer. “Será um prejuízo se isso acontecer. No primeiro momento a SPU está buscando um entendimento. Mas até agora não teve definição. Estamos muito preocupados”, afirma o empresário Pedro Américo.
A prefeitura da Barra informou que as barracas não estão de acordo com as normas da SPU e, por isso, precisam ser demolidas. Outros seis donos de barracas tentam negociar a saída com a prefeitura.
“Vale para todas, mas seis barracas têm um processo, um TAC, de 2008, assinado pelo antigo gestor. Esse gestor passado não cumpriu o TAC de demolição, e a prefeitura foi condenada a pagar R$ 1 milhão e meio. Seis barracas que ficam no Barra Mar ainda não fecharam acordo”, diz.
O prefeito disse ainda que a orla da Barra de São Miguel vai passar por uma reurbanização, semelhante a situação que ocorre no Francês.
“A gente teve um comunicado da SPU, falando da reurbanização, seguindo a mesma linha do Francês. Alguns barraqueiros assinaram um acordo com a SPU e outros não obtiveram êxito, não aceitaram esse acordo. Eu estava fazendo a intermediação. SPU propôs que esses barraqueiros pudessem ficar até dia 19 de fevereiro. Até lá, eles fariam a desocupação voluntária”, afirma o prefeito Zezeco (PMDB).
O prefeito disse ainda que as barracas só devem ser demolidas após o carnaval. “Prefeitura vai cuidar da licitação. As barracas vão seguir modelo de edital, quer que seja aprovado pelos órgãos competentes. Estamos estudando agora como será, se o licitante irá construir, se o município vai entregar um projeto. No acordo que a SPU desenhou, eles pensaram nos barraqueiros ganharem a temporada e o carnaval, porém não foram todos que assinaram.
G1/AL
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