As autoridades estão perdendo a guerra contra a navegações que põem em risco à integridade física e a vida dos banhistas que frequentam as praias da Barra de São Miguel, no Litoral Sul de Alagoas.
Está cada vez mais intensa a imprudência de condutores de navegações que trafegam em alta velocidade, invadindo o limite legal de segurança de 200 metros entre a faixa de areia e a embarcação.
Há tempos, os condutores fazem pouco caso da reclamação de banhistas e a Marinha atua de forma ineficiente contra as irregularidades constantes.
Quem procura as águas calmas da paradisíaca Barra de São Miguel deveria contar com a proteção natural de arrecifes, para limitar o espaço que deveria ser exclusivo para banhistas, que costumam arriscar a travessia até o banco de corais, principalmente na baixa maré.
“Cada vez mais as pessoas estão atravessando com óculos e nadadeiras para as pedras e numa dessas… Eu temo mesmo pela vida dos banhistas. Quando acontecer uma desgraça vai ser diante dos nossos olhos. Peço a Deus pra não assistir”, disse uma banhista.
Mas famílias seguem em risco no belíssimo cartão postal, diante da abundância de jet-skis, lanchas e banana boats circulando em meio aos banhistas, em alta velocidade. A aproximação da embarcação até a faixa de areia tem que ser feita até cinco nós (9,26 km/h), sendo feito o alerta para quem estiver na área para abrir espaço.
No último fim de semana, ficaram evidentes as dificuldades de fiscalização da Capitania dos Portos de Alagoas. E já está comprovado que somente demarcar área para embarque e desembarque é medida ineficaz, contra a imprudência que agrava, a cada dia, os riscos para turistas e moradores de um dos balneários mais belos do Brasil e do Mundo.
O Diário do Poder aguarda respostas para perguntas enviadas ao capitão dos Portos de Alagoas, Antônio Braz, e ao prefeito de Barra de São Miguel, José Medeiros Nicolau, o “Zezeco” (MDB). As autoridades devem responder até quando seguirão perdendo essa batalha contra a imprudência.
0 Comentários