Funcionários dos Correios em Alagoas entrarão em greve por tempo indeterminado, a partir desta segunda-feira (12), em protesto contra a falta de condições de trabalho. O início da greve será marcado por um ato público, às 8h, em frente ao Centro de Distribuição Domiciliar Ponta Verde, localizado no bairro de Jatiúca. A paralisação ocorre em todo o país e deve trazer transtornos à população que depende dos serviços oferecidos pela empresa.
Além da falta de condições adequadas para o trabalho, a categoria também protesta contra mudanças no plano de saúde da empresa que preveem o pagamento de mensalidades e a exclusão de dependentes. A ação que prevê essa mudança deve ser julgada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) nesta segunda, data que coincide com o início da greve dos trabalhadores.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos em Alagoas (Sintect-AL), Altannes Holanda, a principal bandeira de luta da categoria é pela realização de concurso público. Segundo ele, somente em relação a carteiros, atualmente, existe um deficit de 100 profissionais no Estado, o que acaba sobrecarregando os demais. Hoje, são 350 carteiros, ao todo.
O sindicalista diz que a última contratação de pessoal feita pela estatal ocorreu em 2011 e que, ao longo desses sete anos, foram realizados cinco planos de demissão voluntária, o que resultou na saída de mais de 300 pessoas em Alagoas. “No decorrer desse tempo, nenhuma dessas vagas foi reposta”, afirma Altannes Holanda. Segundo ele, há no Estado, atualmente, 950 trabalhadores dos Correios.
Ele reconhece que a greve deve trazer transtornos à população, mas reitera que o objetivo dela é justamente garantir a qualidade do serviço prestado. “Queremos chamar a atenção da sociedade para essa situação e pedir que nos apoiem”, reforça.
Altannes Holanda diz que por lei o serviço prestado pelos Correios não é considerado essencial e que, como não há a obrigação de se manter efetivo mínimo, a expectativa é de adesão total da categoria à greve.
Na última paralisação do tipo realizada pela categoria, em setembro do ano passado, a Justiça determinou que a estatal mantivesse 80% do seu pessoal efetivo trabalhando.
Fonte: Gazeta Web
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