Em greve desde o último dia 11, os trabalhadores dos Correios decidiram, durante assembleia realizada na tarde de hoje, retomar os trabalhos a partir desta quarta-feira (18) e aguardar o julgamento do dissídio da categoria no Tribunal Superior do Trabalho (TST), que está previsto para o dia 2 de outubro.
De acordo com o o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Alagoas (Sintect/AL), Alysson Guerreiro, o estado de greve fica mantido até o julgamento e não está descartada a retomada da paralisação, caso o resultado não seja o esperado pela categoria.
Segundo Alysson, ainda não existem números referentes ao número de encomendas que deixaram de ser entregues por conta da paralisação. “Como foi uma mobilização nacional, não sabemos ao certo a quantidade de encomendas que ficou parada nesse tempo. Muita coisa que viria para Alagoas não chegou e, consequentemente, não foi entregue”, destacou.
O representante da categoria acredita que a empresa deve organizar, para os próximos dias, um mutirão para dar conta da demanda, o que ainda não está confirmado.
Na manhã desta terça-feira (17), os trabalhadores dos Correios fizeram um protesto, em frente à sede da empresa, na Rua do Sol, no Centro de Maceió, com o objetivo de chamar a atenção da população para a questão da privatização. Com faixas e carro de som, eles dialogaram com as pessoas que passavam pelo local e demonstraram a insatisfação com a possibilidade de privatização da empresa.
Por meio de nota, os Correios informaram que aguardam o fim da paralisação em âmbito nacional para que os impactos nas operações possam ser analisados. Confira na íntegra:
“Os Correios aguardam o encerramento da paralisação parcial em todo Brasil para consolidarem as informações relacionadas aos impactos nas operações da empresa. As federações têm até as 22h de hoje, terça-feira (17), para deliberarem sobre o fim do movimento paredista. Essa foi a condição para que empresa aceitasse a proposta do Tribunal Superior do Trabalho de manter as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2019 até o dia 2 de outubro, data do julgamento do dissídio coletivo pelo colegiado do TST.
Desde o início da paralisação parcial, os Correios colocaram em prática um plano de continuidade de negócios, estabelecendo ações de contingência para amenizar eventuais impactos à população. Entre as medidas estão o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação e a realização de mutirões nos fins de semana. As ações contingenciais continuarão a ser adotadas até que as entregas sejam normalizadas. Reiteramos que a rede de atendimento está funcionando normalmente em todo o país”.
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