Categoria cobra novo concurso, plano de cargos e carreiras e respeito à autonomia financeira do órgão
Os servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran/AL) deram início, nesta quinta-feira (1º), a uma greve por tempo indeterminado. A paralisação deve afetar a prestação de serviços na capital e no interior, de acordo com o sindicato que representa a categoria.
Conforme Roberto Martins, presidente do Sindicato dos Servidores do Detran, os trabalhadores cobram a realização de concurso público, com pelo menos 210 vagas; a aprovação de um plano cargos carreiras; e o respeito à autonomia administrativa e financeira do Detran.
Roberto Martins diz que pauta de reivindicações tem três pontos
FOTO: JOSÉ RONALDO
“O concurso vai impedir as terceirizações que são crescentes no órgão. Já a aprovação do nosso plano de cargos e carreiras vem desde 2015. E o respeito à autonomia administrativa e financeira do Detran já foi embora há muito tempo. Uma prova é que R$ 1,2 milhão do Detran foram usados para construir um Cisp [Centro Integrado de Segurança Pública]”, explica.
Martins reforça que 100% dos serviços estão paralisados. Segundo ele, o sindicato que representa a categoria enviou um ofício, solicitando da direção do Detran a indicação dos serviços considerados essenciais para que o sindicato mantivesse o mínimo de 30% em funcionamento, mas obteve como resposta que todos os serviços são essenciais.
“Nós temos a compreensão, por exemplo, que a banca examinadora é essencial; que a junta médica é essencial. Nós entendemos que deve ter o mínimo de funcionamento para atender a sociedade. Mas, o papel de dizer quais são esses setores serviço cabe ao gestor e infelizmente a direção do Detran não foi objetiva na identificação dos serviços”, acrescenta.
Sobre a possibilidade de o movimento ser considerado ilegal, o sindicalista disse esperar contar com a compreensão de quem for avaliar a causa. “A gente sabe que é direção e o governo normalmente solicita a ilegalidade da greve. Nós esperamos que o juiz plantonista, o desembargador plantonista tenha a serenidade de dizer que a greve é legal, porque ela é legal, e que defina quais são os serviços essenciais para a gente poder garantir os 30%”, concluiu.
O diretor-presidente do Detran divulgou uma nota, por meio da assessoria de comunicação, na qual afirma que respeita o direito à livre expressão, mas classifica a paralisação como “descabida” e “desproporcional”.
CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA:
O diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran/AL), Antonio Carlos Gouveia, respeita o direito à livre expressão do quadro de funcionários do Detran/AL, mas reforça que a paralisação desta quinta-feira (01), se torna descabida e desproporcional, tendo em vista que as conquistas da categoria podem ser alcançadas através do diálogo.
A presidência solicita ao sindicato dos servidores do órgão, que reavalie a paralisação para não causar prejuízos aos usuários que desejam resolver pendências ligadas ao órgão, muito menos negar acesso às dependências das estruturas da autarquia, aos servidores e colaboradores que desejam exercer suas funções.
ATENDIMENTO AOS USUÁRIOS
Os usuários que possuem agendamentos de serviços e que por ventura da paralisação não sejam realizados, a direção salienta que não será necessário pagar uma nova taxa do serviço e o atendimento será feito posteriormente, em caráter de urgência em uma nova data que será divulgada. Em caso de dúvidas ou mais informações os usuários deverão acessar o site www.detran.al.gov.br.
Gazetaweb
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