A alagoana Jaira Marinho, de 44 anos, sentiu durante alguns dias sintomas semelhantes a de um resfriado qualquer, por um curto espaço de tempo, ela acreditou que fosse devido as mudanças de temperatura que a cidade de Maceió sofreu nas últimas semanas. Só que o que ela não esperava, era que a sua ida até a uma unidade de saúde particular, iria comprovar que o que ela acreditava que se tratava de um resfriado, na verdade era Covid-19.
Ao CadaMinuto, Jaira explicou que por alguns dias sentiu fortes dores de cabeça e apresentou tosse seca, entretanto, devido aos poucos e inofensivos sintomas, ela seguiu com sua vida de maneira normal. “Após alguns dias perdi o paladar, achei estranho, mas continuei a acreditar que fossem consequências do resfriado”.
Foi na ida a uma unidade de saúde particular na capital, que a recomendação médica de se manter isolada durante cinco dias até sair o resultado da testagem, assustou Jaira. “Nunca imaginei que pudesse testar positivo para Covid-19, na minha cabeça tudo não passava de um leve resfriado, afinal eu nem estava corisando”, complementou.
Após cumprir todo o isolamento, e já estando ciente que havia testado positivo, para a Covid-19, a alagoana destacou que permanece em casa para que possa preservar outras pessoas e disse que apesar tudo isso que enfrentou, uma lição pode ser retirada.
“Acredito que todo mundo por algum momento, seja antes do vírus chegar no Brasil ou recentemente, subestimou um pouco a doença, a gente achou que não fosse uma doença tão agressiva como se fala por aí”, avaliou.
Marinho finalizou recomendado que a sociedade permaneça em casa e que é preciso se informar. “O brasileiro passou a não acreditar nas informações que são repassadas, hora a hora, e a gente pecou nisso, a informação é fundamental num momento como esse, pois poucas pessoas sabem o perigo que um assintomático pode oferecer a sociedade”, finalizou.
Além de Jaira, seu esposo de 69 anos, também testou positivo para Covid-19, contudo ele apresentou um quadro mais agressivo da doença e segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em hospital particular.
80% dos contaminados não apresentam sintomas
O infectologista Fernando Maia disse que estudos apontam que 80% das pessoas que chegam a contrair a doença não apresentam sintomas, mas transmitem o vírus.
“É baseado nestas informações que as autoridades de saúde recomendam o isolamento social e o uso de máscaras. Se todo mundo usar máscaras, quem não pegou a doença, evita de pegar e quem já pegou e nem sabe que está contaminado, evita que não venha transmitir o vírus”, alertou o especialista.
O médico destacou ainda que a doença tem um alto grau de dispersão e que a depender do paciente, ele pode enfrentar um quadro de saúde grave.
“Quanto mais casos graves têm, mais pacientes precisam de UTI e podem morrer, então conseguindo cumprir o isolamento social a gente consegue evitar a propagação do vírus e assim reduzir o número de casos e também o número de mortes, que é o mais importante”, finalizou o infectologista.
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