Governo de Alagoas rebate dizendo que aplicação da reposição salarial só deve ser aplicada se Estado tiver condições
Militares vão se reunir em assembleia para discutir operação
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Sem a aplicação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2015, que gira em torno de 10,7%, os militares do estado de Alagoas projetam, para o final deste mês de agosto, a deflagração da “Operação Padrão” em todas as unidades militares da corporação. Eles se queixam que, apesar das diversas cobranças e tentativas de se buscar uma resposta, não têm tido do governo “nada satisfatório”.
Eles se reúnem em assembleia-geral, no dia 29 de agosto, na sede da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (Assmal), no bairro de Ponta Grossa.
De acordo com o presidente da Associação de Cabos e Soldados Militares do Estado de Alagoas (ACS), cabo Wellington Silva, os policiais estão cobrando uma reposição inflacionária que têm direito desde o ano de 2015. Ele destacou que, desde o mês de novembro, vem intensificado a tentativa de se encontrar uma saída junto ao secretariado do governo Renan Filho, mas até agora não teve sucesso.
O militar acredita que o único caminho que sobrou, após as iniciativas, é deflagrar a “Operação Padrão” nos batalhões.
“A gente tem tentado buscar uma saída, mas o outro lado [governo] não mostra qualquer resposta. Como todos sabem, a nossa legislação prevê o reajuste todos os anos, o que não aconteceu em 2015. Vamos cobrar o que é de direito, levando para essa assembleia no final de agosto a proposta de ‘Operação Padrão’. A realidade que estamos passando será discutida com toda a classe. Havendo uma mudança de cenário, tudo pode acontecer”, frisou. Nas redes sociais, os militares defendem a operação.
Militares projetam Operação Padrão no final de agosto
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A “Operação Padrão” significa que os militares só iniciarão os serviços se tudo estiver dentro do que preconiza a lei: com todos os equipamentos de trabalhos regularizados e as viaturas com a manutenção em dia, por exemplo. Em 2015, os militares deflagram uma situação parecida, deixando os alagoanas apreensivos, sobretudo após boatos de arrastões e assaltos.
VERSÃO DO ESTADO
Por meio de nota, a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) esclareceu que a mesa de negociação continua sendo o canal de diálogo com os servidores públicos estaduais.
“O Governo de Alagoas está aberto para receber e conversar com todas as categorias de servidores, colocando-se à disposição para ouvir e debater todas as demandas salariais dos policiais militares, assim como das demais categorias que compõem o funcionalismo do Estado. É importante ressaltar ainda que os policiais militares, assim como os demais servidores do Executivo alagoano, receberam o reajuste salarial de 6,29%, anunciado recentemente pelo Governo do Estado”.
Por, fim a Seplag reforçou ainda que, apesar do IPCA não ser obrigatório, porque só deve ser implantado se o Estado tiver condições de oferecer, o Governo está recebendo os servidores e conversando para analisar questão.
Gazetaweb
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