O 3º sargento da Polícia Militar, Alessandro Oleszko, morto com um tiro nesta segunda-feira (11), após sofrer um surto psicótico, em Rio Largo, chegou a pedir ajuda a colegas do 5º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Alagoas, em um grupo de WhatsApp.
Em uma série de mensagens, ele se identifica como policial militar e diz que precisa de ajuda. “Processos na corregedoria que não dão solução, agressões da corporação contra mim e meus familiares”, enumera. “Estou sendo perseguido, ameaçado e coagido”, denuncia.
Nas mensagens, Alessandro Okeszko informa também que faz acompanhamento psicológico e psiquiátrico desde o início dos acontecimentos. Ele não cita datas. Embora o grupo de mensagens pareça ser exclusivo do 5º BPM de Alagoas, o militar usa o espaço para pedir ajuda ao Ministério Público, imprensa, Corregedoria de Polícia e Comando Geral da PMAL. “Antes que aconteça uma tragédia”, alerta.
Segundo as mensagens, Alessandro Okeszko chegou a denunciar uma das situações sofridas por ele na 62ª Vara da Promotoria de Justiça. “Não estou bem. Muitos remédios controlados. Me ajudem, por favor”, pede.
Episódio
De acordo com informações da Rocam Comando, o sargento estava apresentando um elevado grau de agressividade e um comportamento atípico. O 5º e o 8º BPM participaram da ação na tentativa de contê-lo. Alessandro chegou a ser socorrido, mas não resistiu e morreu.
Conforme o relato dos militares, no começo aconteceu uma tentativa de conversa com Oleszko, para tentar uma forma acalmá-lo, até que chegasse o apoio de outras Guarnições. “Várias vezes o sargento tentou agredir a guarnição com armas brancas, e depredando a viatura da Rocam Comando (30-0672) do 5° BPM. A partir desse momento, começamos a contar com o apoio da Força Tarefa 35 do 8° BPM. Ao avistar a viatura da FT 35, o Sgt Olesko se dirigiu a guarnição FT 35 onde proferiu diversas ameaças”. atípico”, informou a Rocaam.
Segundo o boletim de ocorrência da PM, “o sargento insistiu na agressão, partiu novamente para cima dos militares, onde foi necessário efetuar dois disparos no chão de advertência. Em um terceiro momento em que o mesmo desobedeceu aos comandos gradativos doutrinários do uso diferenciado da força, para resguardar a integridade física dos militares, foi necessário efetuar um disparo na perna do mesmo para tentar contê-lo e encaminhá-lo para o hospital”, informou.
0 Comentários