A Defesa Civil de Maceió informou no final da tarde desta segunda-feira (4) que voltou a subir o ritmo do afundamento do solo na área em que está localizada a mina da Braskem que pode colapsar. Essa velocidade era de 0,25 cm/h no início do dia, mas agora passou a 0,26 cm/h. Desde o dia 28 de novembro, a terra no local já afundou 1,80 m, sendo 6,3 cm nas últimas 24 horas.
Havia uma expectativa de acomodação do solo sem rompimento abrupto da mina devido a seguidas reduções na velocidade da movimentação do solo, mas ainda assim a Defesa Civil manteve o alerta máximo por causa do risco. Antes do alerta no último mês, essa medição era feita em milímetros por ano.
“Essa velocidade de 0,26 cm, aumentando apenas um pouco na segunda casa decimal, era esperada, porque a gente tem ali uma tendência de queda, mas com alguns picos que aumentam um pouco. De qualquer forma, essa velocidade ainda é um dado que leva a Defesa Civil de Maceió a continuar operando com alerta máximo”, disse o coordenador do órgão, Abelardo Nobre, em entrevista à Globo News.
A mina é uma das 35 que a Braskem mantinha na região para extração de sal-gema, minério utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC. Por meio de nota, a empresa ressaltou que “as áreas de serviço em torno da mina continuam isoladas, e o monitoramento é feito 24 horas por dia”.
Quando o alerta máximo para o colapso foi emitido, no dia 29 de novembro, novas moradias nos bairros vizinhos ao Mutange foram evacuadas. Com isso, a Defesa Civil avalia que não mais há risco para a população porque as moradias ocupadas atualmente estão a uma distância segura do local da mina.
O desabamento da mina pode acontecer de duas formas: drástica ou gradual. Em caso de cenário gradual, o deslocamento do solo seguirá de modo lento até atingir a estabilização. Se o cenário for desabamento repentino, ocorrerá o colapso e abertura de uma imensa cratera na região.
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