A delegada Maria Angelita, responsável pelo inquérito que investigava a denúncia de furto e de estupro contra uma influenciadora digital alagoana, concedeu entrevista coletiva à imprensa, na manhã desta quarta-feira, 09, e descartou o cometimento dos crimes, dizendo não ter encontrado indícios que comprovassem a culpa do suspeito, um turista de Brasília.
Eduarda Martins, de 24 anos, procurou a polícia para informar que havia sido dopada, estuprada e roubada após se encontrar com o turista em um bar, na orla de Maceió, no dia 29 de dezembro do ano passado. O caso veio à tona na primeira semana de janeiro de 2022 e ganhou repercussão no estado.
De acordo com Maria Angelita, todos os exames foram realizados e os depoimentos dos envolvidos foram colhidos, mas a investigação apontou para a inocência do suspeito, que não teria cometido o abuso. Segundo ela, o laudo do IML não constatou lesões nas partes íntimas de Eduarda.
“Todas as diligências foram feitas com seriedade e cautela, a perícia toxicológica e o laudo do IML foram juntados, assim como diversas imagens e depoimento de testemunhas. Concluímos que não houve abuso sexual praticado pelo senhor Luiz Campos”, disse em entrevista ao programa Fique Alerta, da TV Pajuçara/Record TV.
“Nós percebemos algumas contradições ao longo das investigações. Alguns elementos não estavam condizentes com as provas juntadas. Nos aprofundamos, e todo o conjunto probatório foi se formando, e baseado em provas técnicas, chegamos ao fim do inquérito com a não comprovação do estupro de vulnerável”, continuou.
Ainda segundo a delegada, o crime de furto também foi descartado. “Ambos consumiram álcool voluntariamente. As imagens mostram que os dois estavam confraternizando, de maneira tranquila e amigável, e terminaram indo para o apartamento dele, onde ela esqueceu a bolsa. Tão logo o fato foi descoberto, ele devolveu a bolsa contendo todos os pertences da senhora Eduarda. Ele foi ao endereço informado pela amiga dela. Então não levou nada dela, nem teve intenção de furto”, afirmou Maria Angelita.
“Existem os graus de embriaguez, e durante as investigações, as provas nos mostraram que ela não estava com o grau elevado. O grau que estava ainda a possibilitava de caminhar, de falar, inclusive, possibilitou ela a falar para o motorista do Uber o endereço da casa do pai dela, depois que o senhor Luiz Campos chamou o transporte para ela. Todo o trajeto foi feito com ela consciente”, acrescentou.
Agora, em caso de abertura de processo pelo turista, a influenciadora digital pode ser chamada para dar explicações à Justiça. “A gente acredita que ela possa ter tido lapsos de memória. Não posso afirmar que houve dolo por parte dela, ou não. Existe uma série de fatores, pode ter uma ação movida pelo suposto acusado, mas vai ficar a cargo dele”, finalizou a delegada.
O TNH1 deixa o espaço aberto para a manifestação da influenciadora digital sobre a conclusão do inquérito.
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