O delegado Daniel Silvestre, da Polícia Federal em Alagoas, afirmou, em entrevista ao repórter Alberto Lima, da TV Pajuçara, que os alvos da operação Afronta II, uma organização criminosa suspeita de fraudar concursos públicos no Brasil, pode ter atuado no concurso do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Alagoas.
“Aqui em Alagoas, nós temos ciência [da atuação do grupo] em um concurso, que é o do TRT em 2013. Além disso, está sendo apurado o envolvimento de alagoanos que fizeram concursos no estado de São Paulo”, disse.
Ainda de acordo com o delegado, o grupo cobrava entre R$ 5 mil e R$ 70 mil para divulgar antecipadamente o gabarito de provas de concursos público.
Ele disse também que o grupo atuava a partir de um núcleo, preso em 2015, que fazia a cooptação de pessoas para fraudar os concursos. Na operação de hoje, uma pessoa foi presa e três pessoas foram conduzidas coercitivamente à sede da PF, em Maceió.
Também foram cumpridos mandados no estado de São Paulo.
Veja o vídeo:
A assessoria de comunicação do TRT ainda não se pronunciou sobre a etapa de hoje da “Operação Afronta”
Operação Afronta I
Em 2015, na primeira etapa da Operação Afronta, pelo menos dez pessoas foram presas suspeitas de terem envolvimento no esquema. Em Alagoas, quatro prisões foram realizadas na oportunidade.
Ao todo, a primeira etapa cumpriu 14 mandados de prisão, sendo quatro deles contra suspeitos de integrar a quadrilha e dez contra candidatos aprovados em concursos, supostamente, por meio do esquema. Naquele ano, a operação ocorreu simultaneamente em Alagoas, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Rondônia, mas segundo a PF, o núcleo do esquema ficava em Alagoas.
Fonte: TNH
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