A família de um adolescente de 13 anos registrou Boletim de Ocorrência (BO) contra a escola em que ele estuda por omissão de socorro. O estudante passou mal, queixava-se de uma forte dor nos testículos e foi enviado, sozinho, por um veículo por aplicativo até um hospital. O caso aconteceu em Maceió, nesta segunda-feira (16)..
Segundo a família do adolescente, por volta das 8h, ele já estava no Colégio SEB COC, onde estuda, quando começou a passar mal e sentir uma dor aguda nos testículos. O menino procurou a coordenação da escola para ajudá-lo. Ele foi colocado em um carro de aplicativo e, sem a companhia de um responsável, foi levado para o hospital.
Ao chegar no hospital, o estudante foi atendido e encaminhado para triagem. O pai do adolescente foi avisado quando ele já estava a caminho do hospital. Ele pediu que dois amigos o acompanhasse, pois ficou muito nervoso com a notícia e não tinha condições de ir sozinho. A mãe do menino também ficou sabendo quando ele já estava no hospital e chegou a tempo de acompanhar parte do atendimento médico.
Ainda segundo a família do estudante, que faz parte da esquipe de basquete do colégio, teve que passar por uma intervenção cirúrgica em um testículo. Ele ficou internado, medicado e deve receber alta hospitalar até esta quarta-feira (18). A equipe médica que atendeu o adolescente disse que ele será submetido a uma nova avaliação para ver a possibilidade de realizar um novo procedimento cirúrgico para retirada parcial ou total dos testículos.
Diante do que definiram como negligência por parte da escola, os pais do adolescente buscaram um escritório jurídico especializado para ingressar com a ação judicial cabível e registraram Boletim de Ocorrência.
Para a família, a coordenação da escola alegou que tentou contato com os pais, mas, não obteve sucesso, por isso mandou o estudante sozinho.
A atitude da escola foi considera “inconcebível” pelos pais do menino. Um familiar relatou que o estudante machucou o braço na escola uma vez, mas teve a assistência devidamente prestada pela instituição, o que não ocorreu desta vez.
“É inconcebível que em um ambiente preenchido com segurança, como a escola, nosso filho tenha sido encaminhado sozinho para o hospital em um carro de aplicativo. Esta negligência é inaceitável”, declarou o pai do adolescente, por meio dos advogados.
A redação do CadaMinuto tenta contato com a escola para buscar um posicionamento da instituição.
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