Motoristas de transportes complementares realizam, na manhã desta terça-feira (22), um protesto motivado pelo grande número de veículos irregulares circulando entre as cidades alagoanas sem fiscalização. Por causa do ato, os serviços dos complementares estão paralisados hoje. Para os motoristas, há uma concorrência desleal.
O ato, no entanto, acontece em três pontos, sendo no conjunto Eustáquio Gomes, parte alta de Maceió, no Trevo do Polo e em Satuba. Em seguida, eles seguem para a porta do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), no Centro.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Transportadores Complementares de Passageiros de Alagoas (Sintrancomp/AL), Maércio Ferreira, a categoria cobra que a Justiça se posicione sobre a decisão que proíbe a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal) de fiscalizar o táxi-lotação, que faz o transporte entre os municípios do interior e a capital alagoana, o que vem, por tanto, prejudicando a categoria.
“O motivo do ato de hoje é o transporte clandestino. Agora na pandemia, o número desse serviço aumentou e, para a surpresa da gente [complementares], teve uma decisão da justiça que proibiu a Arsal de fiscalizar os táxis-lotação. Isso, consequentemente, prejudica a categoria e deixa o transporte complementar financeiramente inviável. Por causa dos transportes clandestinos, não tem como continuarmos operando no estado”, enfatizou Maércio, em entrevista à Rádio 98 FM.
“Estamos parando para cobrar da Justiça que decida sobre esse tema, pois o transporte complementar é obrigado a transportar o idoso, manter um quadro de horário, fazer uma vistoria anual, recadastramento, além de pagar seguro para o passageiro. No entanto, estamos perdendo clientes, que vêm, com frequência, procurando os clandestinos. Há uma concorrência desleal. Será difícil manter um serviço nessas condições”, completou o presidente do Sintrancomp/AL.
O ato também está sendo registrado em outros pontos do estado, a exemplo de Atalaia, Teotônio Vilela, São Miguel dos Campos, Penedo e Porto Calvo.
Muitos passageiros que seguiam nos transportes desceram dos veículos, seguindo viagem, no entanto, por outros meios.
O Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) segue acompanhado o ato, controlando o fluxo de veículos nos pontos onde os motoristas dos transportes complementares estão concentrados.
ILEGAL
A atividade de táxi-lotação é ilegal e o motorista que for flagrado pode receber multa de R$ 293,47, além de perder sete pontos na carteira. Quem flagrar o transporte irregular, pode denunciar no número 3312-5340.
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