Um grupo de moradores do bairro do Pinheiro fez uma caminhada na manhã deste domingo (31), na orla de Maceió. Eles cobram esclarecimentos sobre as rachaduras que ameaçam as moradias de centenas de famílias.
Cronologia do problema: Veja o que se sabe sobre as rachaduras no bairro
Os moradores saíram da frente do antigo Alagoinhas, na Ponta Verde, e seguiram pela Rua fechada. Eles reclamam da falta do auxílio para famílias que estão nas áreas de risco e ainda não tiveram como deixar suas casas.
“Hoje nós vamos fazer só uma caminhada da paz, vamos distribuir panfletos e adesivos para mostrar o nosso desespero, o desespero dos moradores do Pinheiro. Nós estamos lutando aqui pelos outros, para que todos consigam sair, porque o auxílio tem que ser pago” disse o organizador do movimento, Márcio da Rocha Cavalcante.
O gestor de negócios José Santos é morador da área amarela. Ele disse que depois que a Defesa Civil Estadual informou em uma audiência pública no Senado Federal em Brasília que não há mais separação das áreas críticas por cores e grau de risco, ele vai deixar sua casa.
“Eu estou saindo essa semana por prevenção, estou saindo por garantia, me antecipando a algum problema que venha acontecer para não sair na correria. Estou saindo de lá de coração partido” afirmou Santos.
O comerciante Fábio Costa, que é dono de uma papelaria de no Conjunto Jardim das Acácias, no Pinheiro, disse que também vai abandonar o bairro.
“O movimento caiu muito, não está fácil pra ninguém lá. Estou no bairro há sete anos e já estou procurando outro lugar para ir não tem como ficar lá, estão todos indo embora”, lamentou o comerciante.
Na última semana, o prefeito de Maceió Rui Palmeira (PSDB) decretou estado de calamidade pública nos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro devido as rachaduras que vêm aparecendo desde o ano passado.
Embora o problema também afete o Mutange e o Bebedouro, a situação mais crítica é do Pinheiro, de onde centenas de famílias tiveram que deixar suas moradias por causa dos riscos de desabamento. Mais da metade das famílias que moravam em 777 imóveis localizados nas áreas de risco já deixou suas casas.
Moradores se concentraram na praça em frente ao antigo Alagoinhas — Foto: Magda Ataíde/G1
Grupo de moradores do Pinheiro saiu em caminhada pela orla de Maceió — Foto: Aurea Montes/Arquivo pessoas
Moradores do bairro do Pinheiro fazem ato na Ponta Verde, em Maceió — Foto: Arquivo pessoal/Márcio Cavalcante
0 Comentários