A menina de 7 anos que foi assassinada a facadas neste sábado (6) em Rio Largo, pode ter sido vítima de abuso sexual, crime que vinha acontecendo há algum tempo, segundo indícios apontados pela equipe médica do Hospital Ib Gatto Falcão, responsável pelo atendimento emergencial. O corpo foi enterrado neste domingo (7).
O sepultamento foi marcado por muita comoção de familiares e pessoas próximas.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) deve ser remetido à Polícia Civil em até 10 dias. A principal suspeita do crime é a própria mãe. Segundo consta no auto de prisão em flagrante, durante o atendimento no hospital, os médicos fizeram um exame físico completo do corpo e constataram o rompimento do hímen e a abertura de canal vaginal, o que sugere “abuso sexual contínuo e de longa data”. A confirmação deve ser feita durante a conclusão do laudo.
Laura Nascimento Braga tinha 7 anos. Ela foi morta a golpes de faca e a principal suspeita é a própria mãe, de 35 anos, que foi autuada em flagrante por homicídio qualificado pelo delegado Antônio Carlos Machado. Ela foi transferida da Central de Flagrantes para o sistema penitenciário, em Maceió.
A advogada da mulher informou que a cliente não sabia o que tinha acontecido. “Estava deitada na cama e quando viu, a criança já estava ensanguentada. Ela correu, abraçou [a menina] e começou a gritar para os vizinhos ajudarem”.
Os primeiros levantamentos apontaram ferimentos nas costas e no tórax. A guarnição da Polícia Militar que atendeu a ocorrência, relatou que ao chegar no local do crime, a casa onde Laura, a mãe e o pai moravam, encontrou os pais sentados no chão da sala, além de outras pessoas no local. Um dos militares perguntou pelo acontecido e ninguém soube informar. Quando perguntado sobre qual objeto havia ferido a criança, uma pessoa que estava no local entregou uma faca, enrolada em uma toalha.
Testemunhas disseram que foram ouvidos gritos e um parente da família arrombou a porta. Quando entrou, encontrou a mãe com a filha nos braços e a casa ensanguentada. A mãe fez relatos controversos.
Na hora do crime, apenas a menina e a mãe estariam em casa e o pai teria saído para trabalhar. Quando os militares chegaram, ele estava em casa e permaneceu o tempo todo calado, mas consolando a esposa.
Além da mãe da vítima, a Polícia Civil já ouviu tios da criança e o Policial Militar responsável pela equipe que atendeu ao chamado da ocorrência. O inquérito policial foi instaurado e o prazo inicial de conclusão é de 30 dias.
0 Comentários