Com o tema “Alagoas sem discriminação e com liberdade para amar”, a III Marcha LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros] do estado, realizada neste domingo (8), reuniu diversas pessoas na orla de Pajuçara, em Maceió, pelo fim da discriminação.
(Foto: Karina Dantas/G1)
De acordo com um dos organizadores do evento, Messias Mendonça, a ação também busca mais respeito das autoridades públicas.
“Queremos que os gestores do estado olhem mais para a questão de liberdade aqui. É um absurdo os casos de agressões que sofremos devido ao preconceito”, disse.
Segundo a organização do evento, a marcha teve início às 16h30h e deve seguir até o antigo Alagoinha, com show de bandas locais em um trio elétrico. A programação está prevista para terminar às 20h.
Mendonça também relatou que o evento pede que as autoridades responsáveis criem uma sala na delegacia da mulher, para atender aos casos que envolvem homossexuais. “Não é confortável nem seguro ficar em uma cela junto com outros homens que não têm respeito”, afirmou.
evento (Foto: Karina Dantas/G1)
Por volta das 17h, a Policia Militar (PM) informou que havia cerca de 500 pessoas acompanhando o evento. Os organizadores falavam em 7 mil.
A Marcha foi acompanhada por militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
A auxiliar de saúde bucal, Liliane Fideles, 30, diz que a população gay deveria se mostrar mais na sociedade.
“No nordeste, as pessoas heterossexuais parecem ter medo, ou acreditam que nós, gays, queremos agredí-las com as nossas demonstrações públicas de afeto, e não é isso. Esse pensamento tem que mudar”, disse Liliane.
Para Igor Nascimento, que participa do movimento de luta contra a AIDS, o evento é de grande importância para discutir as políticas públicas do estado. “Precisamos que as pessoas reclamem e reivindiquem seus direitos para começarmos a viver numa sociedade mais justa”, relatou.
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