Um grupo formado por servidores administrativos e coveiros do Cemitério São José, no bairro do Trapiche, resolveu cruzar os braços na manhã desta quarta-feira (25), alegando melhoria salarial e principalmente vínculo empregatício com o município. A decisão atrasou e impediu vários sepultamentos.
Segundo um dos líderes do grupo, o coveiro José Cícero, há 18 anos os trabalhadores pedem melhores condições de trabalho, salários e principalmente os direitos do trabalhador. “Tem gente trabalhando aqui há 18 anos. Todo mês a gente recebe o dinheiro, mas não temos vínculo nenhum. FGTS, INSS, 13º salário, nós nem sabemos o que é isso”, criticou.
Atualmente, os servidores apenas comparecem com o CPF numa agência bancária vinculada ao município e recebem o salário mensal. Porém, não existe o vínculo trabalhista e em qualquer momento, pode haver a troca de funcionários.
A decisão dos servidores de cruzarem os braços já havia sido comunicada a Secretaria Municipal de Controle e Convívio Urbano (SMCCU), responsável pela administração dos cemitérios públicos de Maceió.
Com a paralisação, uma grande movimentação foi registrada no cemitério, tendo em vista que quatro sepultamentos estavam agendados para o período da manhã e por conta do imbróglio, não haviam sido realizados.
Aguardando o sepultamento do irmão, o comerciante Reinaldo Santos criticou o impasse. “É uma falta de respeito. Entendo a reivindicação, mas não podemos passar por esse tipo de situação. Que resolvam logo isso, porque é um absurdo”, disse.
Enquanto os servidores mantinham a paralisação e os familiares contestavam a situação, o superintendente da SMCCU, Reinaldo Braga, manteve contato com os trabalhadores e pediu a realização dos sepultamentos pendentes e marcou uma reunião para o início da tarde com os trabalhadores para iniciar uma roda de negociações sobre a legalização do trabalho.
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