Estudantes de Gestão Ambiental do Campus Marechal Deodoro participaram de mentoria em São Paulo para viabilizar negócio
Por Ascom/IFAL-MD
Democratizar o acesso à energia solar por meio de uma plataforma de compra cooperativada. O projeto “Sun Freedom”, desenvolvido por estudantes de Gestão Ambiental, do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) – Campus Marechal Deodoro, é um dos 9 finalistas do Desafio Solar, um concurso nacional do Greenpeace e da incubadora de negócios sociais Nesst que busca modelos de negócios criativos para gerar benefícios sociais e permitir o crescimento da energia solar no Brasil. Mais de 250 grupos de todo o país haviam se inscrito no concurso.
Entre os dias 4 e 6 de setembro, os estudantes Guilherme Damasceno, Matheus Ribeiro e Pedro Yuri estiveram em São Paulo recebendo uma mentoria exclusiva da Nesst e um pacote de treinamentos do Greenpeace para aperfeiçoar o projeto. Entre os temas trabalhados estiveram captação de recursos, comunicação e engajamento. O objetivo é deixar o projeto pronto para ser apresentado a possíveis investidores, tornando-o uma realidade no mercado. O resultado final será divulgado entre 26 e 29 de setembro.
“Acho importante participar desse projeto porque a energia solar precisa ser democratizada no Brasil. Como estudantes de Gestão Ambiental, precisamos pensar em novas soluções que priorizem o meio ambiente”, diz o estudante Matheus Ribeiro.
Para o orientador do projeto, professor Rodrigo Lucena, ver os alunos sendo finalistas é concretizar o trabalho de educação feito no dia a dia. “É uma satisfação saber que através da definição da ideia e tudo que discutimos em sala de aula várias portas se abrirão para eles, a começar pela mentoria que receberam de profissionais renomados em São Paulo. Resultados desse tipo catalisam cada vez mais minha vontade de ser um professor melhor”, afirma Rodrigo Lucena.
Sun Freedom
O projeto Sun Freedom, desenvolvido pelos alunos do curso superior tecnológico de Gestão Ambiental do Ifal – Campus Marechal Deodoro, é um empreendimento social que busca democratizar o acesso à energia solar, por meio do consórcio de células fotovoltaicas. O empreendimento pretende ser aberto a pessoas físicas e jurídicas.
É uma plataforma de compra cooperativada em que o cliente contribui mensalmente através de um sistema de autofinanciamento. Diferentemente de um empréstimo, o consórcio funciona como uma poupança programada, onde o cliente adquire a placa fotovoltaica a partir da contemplação por sorteio e/ou lances. O projeto propõe planos de 60 a 120 meses, nos quais são divididos o valor total do bem, sendo incluído a taxa administrativa.
A energia solar fotovoltaica tem várias vantagens ambientais por ser renovável. E é uma das mais limpas quando o assunto é emissão de gases de efeito estufa. Apesar disso, ainda precisa ter visibilidade e ganhar a atenção do governo e do mercado de negócios. Apenas 0,02% da matriz energética brasileira é solar, de acordo com o Greenpeace. O Desafio foi criado para ajudar estudantes a desenvolver projetos inovadores que mudem essa realidade e para incentivar o empreendedorismo.
Os custos com a viagem dos três alunos para a mentoria em São Paulo foram divididos entre o Greenpeace e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal).
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