Em apoio ao setor sucroenérgetico, de produção de energia a partir da cana-de-açúcar, o governo de Alagoas enviou ofício ao Ministério da Economia. No documento, assinado pelo governador Renan Filho, o estado elenca fatores que têm prejudicado o setor, como a queda no consumo de combustíveis e a redução dos preços internacionais do petróleo.
Endereçado ao ministro Paulo Guedes, o ofício demonstra o apoio do governo alagoano ao setor e pede que medidas sejam adotadas, para uma maior competitividade e desenvolvimento no mercado, principalmente do nos estados do Nordeste.
As medidas que, segundo o governo alagoano, devem ser implementadas pelo governo federal para ajudar o setor suco energético são:
A atuação junto à Câmara de Comércio do Exterior (Camex), para a aprovação de medidas de regra geral do Mercosul, recolocando no etanol uma Tarifa Externa Comum do Mercosul, que estabelece alíquota de 20% para o produto, sem cotas isentas de tarifa.
Isenção tributária entre o etanol doméstico e o importado, que atualmente privilegia o etanol importado, o que decorreria da restrição do aproveitamento de crédito pelo distribuidor que realizar a importação do etanol.
Com o avanço da pandemia do novo coronavírus pelo Brasil, as restrições de mobilidade afetaram o consumo de etanol. E a competitividade do combustível de cana-de-açúcar em relação à gasolina foi afetada pela queda dos preços do petróleo no mercado internacional.
De acordo com o governo alagoano, a redução dos preços do petróleo no mercado internacional também foi agravada pelo cenário de recorrentes excedentes de etanol no mercado americano, que colherá a maior safra de milho de sua história. Além disso, o fato do mercado de açúcar americano não ter feito sua contrapartida de abertura, sendo um dos mercados mais protegidos do mundo, também contribuiu para o momento negativo do setor sucroenergético brasileiro.
Em abril, a União da Industria de Cana-de-açúcar (Unica) já havia alertado para a adoção de medidas que favorecessem a competitividades do etanol e de linhas de crédito para a armazenagem do combustível, justificando a incerteza do setor, diante dos impactos econômicos da pandemia da Covid-19.
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