A Corregedoria da Polícia Militar de Alagoas iniciou as investigações sobre a conduta do policial militar acusado de agredir uma mulher na última segunda-feira, 12, durante uma festa carnavalesca na cidade de Rio Largo, região metropolitana de Maceió. A informação foi repassada à imprensa nesta manhã pelo governador Paulo Dantas.
“Enquanto estivermos à frente do Governo de Alagoas, não vamos permitir nenhum desvio de conduta por parte de qualquer servidor público, muito menos agredindo uma mulher. Qualquer homem ou mulher que se sentir vítima de alguma ação de um policial ou de qualquer servidor público do Estado de Alagoas, nos informe imediatamente para que tomemos todas as providências no rigor da lei”, disse o governador.
O Comandante da Polícia Militar de Alagoas, Coronel Paulo Amorim, também se manifestou sobre o assunto, reiterando que a hierarquia e a disciplina são pilares da instituição. “A Polícia Militar de Alagoas é uma instituição quase bicentenária. Temos um regulamento forte e não compactuamos com o desvio de conduta de nenhum policial militar, do soldado ao coronel, da ativa ou da reserva”, declarou.
Thiago Sampaio / Agência Alagoas
Ele ressaltou que qualquer policial que cometer desvio de conduta ou crime será submetido à corregedoria da PM, com direito à ampla defesa e contraditório. Se for considerado culpado, será punido de acordo com o regulamento da instituição. “A Polícia Militar comanda oito mil homens na ativa. Para isso, precisamos ter um regulamento forte e que funcione. Vamos apurar a denúncia e apresentar à imprensa o resultado da nossa investigação”, concluiu o coronel Amorim.
Na última segunda-feira, 12, um policial militar, que estava fora de serviço e supostamente alcoolizado, foi acusado de agredir uma mulher próximo a base da PM em Rio Largo durante os festejos carnavalescos.
A filha da mulher agredida contou que a confusão se deu após seu irmão ter sido levado ao posto policial por se envolver em uma briga entre sua atual namorada e a ex por conta de ciúmes. A mãe e a irmã do rapaz aguardavam fora do posto policial quando o militar à paisana e com arma em punho chegou, momentos depois, querendo bater no rapaz. Como foi impedido pelos colegas de farda, ele foi ao local onde a mãe do jovem estava e disse que iria “comê-lo vivo”. Na sequência, o policial derrubou a mulher no chão pelos cabelos e passou a agredi-la.
Os guardas municipais ainda tentaram impedir as agressões. A vítima – que fez boletim de ocorrência para denunciar o caso – está sendo assistida pela Associação AME, que acolhe mulheres vítimas de violência em Alagoas.
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