Pacientes com Covid-19 e acompanhantes ficam em uma sala improvisada no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, Alagoas — Foto: Arquivo pessoal
Foto enviadas ao G1, feitas entre quinta-feira (14) e sábado (16), mostram as condições enfrentadas por pacientes no maior hospital de urgência e emergência de Alagoas, o Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. As denúncias são de superlotação em ambientes onde pessoas com o novo coronavírus ou com suspeita ficam juntas dos demais pacientes.
O hospital não é referência para atendimento de pacientes com Covid-19, há outras unidades preparadas especificamente para esses casos, mas pessoas com sintomas gripais continuam buscando atendimento espontaneamente no HGE. Em todo o estado, a ocupação de leitos está em 70%.
“Desabilitaram umas enfermarias que eram para pacientes de cardiologia e clínica médica, já tem umas três de paciente de Covid-19, são pacientes graves, mas não tem ventilador. Consultórios clínicos viraram depósito de paciente de Covid, ficam todos misturados, sem assistência, muitas vezes sem a medicação, que falta. Olhe, está uma coisa que parece cenário de guerra mesmo”, disse um funcionário do hospital, que pediu para não ser identificado.
Por meio de nota encaminhada à imprensa, o hospital esclarece que, “por se tratar de um hospital ‘portas abertas’ e diante do crescimento de casos suspeitos da pandemia da Covid-19, tem recebido pacientes com quadro viral semelhante aos casos do novo coronavírus, o que tem acarretado no aumento do quantitativo de pessoas assistidas diariamente”, e que o Estado tem trabalhado junto à Central de Regulação “para evitar a entrada desses pacientes neste hospital, priorizando o encaminhamento para os hospitais de referência” (leia na íntegra ao final do texto).
Na noite de sábado (16), a recepção do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, estava lotada de pacientes com suspeita de Covid-19 e acompanhantes — Foto: Arquivo pessoal
O Estado inaugurou, no dia 14 de abril, a Unidade de Urgência para Síndromes Gripais do Hospital Geral do Estado (HGE), localizada no Ginásio do Sesi, para receber o fluxo de pacientes com sintomas e evitar que pessoas com suspeita do novo coronavírus fossem diretamente para o HGE, mas nem isso foi suficiente para evitar as cenas fotografadas por quem esteve no hospital nos últimos dias.
“Esses pacientes ficam nesse local [improvisado] sem pontos de oxigênio”, contou o denunciante.
No início da semana, a mesma recepção do HGE apresentada uma situação ainda mais grave, com diversos pacientes em macas e cadeiras de rodas — Foto: Arquivo pessoal
Na recepção lotada, funcionários dizem que ficam juntos os pacientes com suspeita de contaminação por Covid-19, seus acompanhantes e pacientes com outras doenças.
Outra foto é de uma enfermaria improvisada para pacientes com Covid-19, em que as pessoas doentes ficam em leitos próximos uns dos outros, além dos seus acompanhantes.
Enfermaria do HGE, em Maceió, com pacientes com Covid-19 e seus acompanhantes — Foto: Arquivo pessoal
Além dos problemas já relatados, há denúncias também de consultórios clínicos que passaram a ser usados para internação improvisada de pacientes, situação classificada como “depósito” por funcionários do HGE, inclusive com “fila de espera” por outros pacientes.
Segundo funcionários, em todos os dias há espera para uma vaga nas internações improvisadas nos consultórios, de onde os pacientes com Covid-19 são levados depois para salas de isolamento.
Além disso, há ainda aglomeração no espaço onde os pacientes são medicados. “Na sala de medicação, os pacientes também ficam acumulados”, disse o funcionário que fez a denúncia ao G1.
Salas de consultório clínico no HGE, em Maceió, são improvisadas para internação de pacientes com suspeita de Covid-19 — Foto: Arquivo pessoal
Leia abaixo a íntegra da nota do HGE:
Nota de Esclarecimento
Atendimentos no HGE
O Hospital Geral do Estado (HGE) esclarece que, por se tratar de um hospital “portas abertas” e diante do crescimento de casos suspeitos da pandemia da Covid-19, tem recebido pacientes com quadro viral semelhante aos casos do novo coronavírus, o que tem acarretado no aumento do quantitativo de pessoas assistidas diariamente. Entretanto, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) vem trabalhando fortemente ao lado da Central de Regulação do Estado para evitar a entrada desses pacientes neste hospital priorizando o encaminhamento para os hospitais de referência. Afirma, ainda que, com a abertura do Hospital Metropolitano retomará a normalidade do fluxo de pacientes no HGE, nos próximos dias. Também acrescenta que, internamente, acontecem deslocamentos de usuários para outras áreas, conforme a necessidade; e reforça que o maior hospital de urgência e emergência de Alagoas permanece acolhendo aqueles que precisem de cuidados médicos.
Sala de medicação no HGE, em Maceió, durante a pandemia — Foto: Arquivo Pessoal
Qual a novidade? Esse “açougue”, sempre esteve superlotado. Por que o governador não usa o mesmo medicamento que ele tomou quando esteve “infectado” com o vírus chinês na população logo no início dos sintomas? A hidroxicloroquina + azitromicina e Zinco. Já está mais do que comprovado que o medicamento usado a mais de 60 anos para Lupus, malária está sendo eficaz na cura de milhares de paciente.