Duas alunas do 1º ano do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) do campus Maceió precisaram de atendimento médico depois de terem sido atingidas por um “caldo” preparado por estudantes veteranos da instituição de ensino, no último dia 16. O Trote aconteceu dentro de uma das salas de aula do bloco de Química.
De acordo com informações de estudantes do Ifal, na mistura, conhecida entre os estudantes como “sangue de diabo”, teria sido adicionada amônia. A combinação química foi lançada na parte superior do corpo das vítimas que, além do forte mau-cheiro, teria causado dano à saúde de ambas. Não foi confirmado pelo setor médico do Instituto se houve lesão da pele por conta da mistura.
A amônia é um gás incolor, bastante tóxico, que se dissolve bem na água. Ela serve de matéria-prima para a fabricação de fertilizantes agrícolas, fibras e plásticos e de produtos de limpeza, entre outros.
Segundo informações da assessoria de comunicação do Ifal, uma das alunas atingidas foi socorrida até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro do Trapiche, enquanto a outra permaneceu no setor médico aguardando sua mãe, que a conduziu até a emergência de um hospital particular próximo.
Ainda de acordo com a assessoria, os estudantes que praticaram o trote foram identificados e serão expulsos da instituição. “A gestão do campus reforça também que a prática de trote é forma de constrangimento tipificada como crime pelo artigo 186 do Código Penal, e que providências sobre o caso também serão solicitadas a autoridades competentes”, informou a escola, em nota publicada nas redes sociais.
Além do trote dentro da sala de aula, no mesmo dia, houve relatos discentes de agressões ocorridas em ônibus escolar e no entorno do Campus, que também estão sendo apurados.
O TNH1 tentou mais informações sobre a família dos estudantes apontados como sendo os que teriam lançado o ‘sangue do diabo’ sobre os novatos, no entanto não conseguiu. A redação deixa o espaço aberto para ouvir a versão deles sobre o ocorrido.
Fonte: TNH
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