O Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal do Ministério Público do Estado de Alagoas (Gaesf) deflagrou a segunda fase da Operação Plástico Quimérico, na cidade de São Paulo, na manhã desta quinta-feira (1º). Dois empresários estão presos e serão transferidos para Maceió ainda hoje.
No último dia 10, a primeira fase da ação deu cumprimento a 18 mandados de busca e apreensão nos estados de Alagoas e São Paulo contra suspeitos de integrarem organização criminosa especializada no cometimento de fraudes societárias e tributárias.
Os dois mandados de prisão desta quinta foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da capital contra os empresários Elias Assum Sabbag e Elias Assum Sabbag Júnior. Ambos foram detidos em casa, não ofereceram resistência e, após passarem por exame de corpo de delito no IML paulista, serão transferidos para Alagoas.
Elias Assum Sabbag é investigado por embaraçar a investigação de infração penal que envolve organização criminosa. Já Elias Assum Sabbag Júnior, que é diretor da empresa Cartonale, tem contra si a apuração por suposta prática de corrupção ativa de auditores fiscais. Ele também seria o chefe da organização criminosa que frauda os fiscos de Alagoas e de São Paulo, além da acusação de falsidade Ideológica.
A operação, que foi supervisionada pelo promotor de Justiça do Gaesf, Anderson Cláudio de Almeida Barbosa, contou com o apoio do Ministério Público do Estado de São Paulo, das Polícias Civis de São Paulo e Alagoas, da Policia Militar de Alagoas, da Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e da Policia Penal de Alagoas. Os presos serão transferidos para Maceió tão logo cumpram as formalidades legais.
O TNH1 ainda não conseguiu contato com as defesas dos empresários e deixa o espaço aberto para a manifestação delas.
O esquema – De acordo com o Gaesf, as fraudes aconteceram por meio da emissão de mais de 5.592 mil notas fiscais fraudulentas, no valor aproximado de R$ 76 milhões, através de pelo menos cinco empresas de fachada, com informações inverídicas relativas à propriedade e gestão desses estabelecimentos comerciais, que, na prática, jamais existiram.
Essas empresas são conhecidas como paper companies Os esquemas fraudulentos causaram vultosos prejuízos que estão em apuração pelas Secretarias de Fazenda de Alagoas e São Paulo.
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