A estatal Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, tem realizado uma série de visitas a lugares com potencial para abrigar novas usinas nucleares no Brasil, em comitivas para as quais foram convidados fornecedores de equipamentos do setor, como a chinesa CNNC, a norte-americana Westinghouse e a francesa Atmea.
A busca por sedes para a expansão nuclear brasileira ocorre em um momento em que a usina de Angra 3, no Rio de Janeiro, que seria a terceira planta atômica do país, encontra-se com obras totalmente paralisadas após acusações de propinas e desistência do projeto por construtoras que alegaram inadimplência da Eletronuclear.
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De acordo com nota enviada pela Eletronuclear, as visitas são “viagens de reconhecimento de áreas candidatas”, como Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas e Sergipe –onde um grupo de técnicos da estatal e da CNCC chegou nesta segunda-feira.
De acordo com a companhia, Westinghouse e Atmea acompanharam em visitas em Minas e Pernambuco, enquanto a CNCC está em Sergipe e “outras empresas” participarão “nas próximas viagens”.
O Plano Decenal de Energia do Brasil, elaborado pela EPE, um braço de estudos e planejamento do Ministério de Minas e Energia, não aponta para a construção de novas usinas nucleares nos próximos dez anos, mas o governo já revelou em diversas ocasiões que poderá contar com a fonte no futuro.
Um plano de mais longo prazo elaborado em 2008 pela EPE, contemplando um horizonte de 30 anos, aponta cenários de implantação entre 4 mil e 8 mil MW de usinas termonucleares até o ano de 2030.
As usinas de Angra 1 e Angra 2 somam 2 mil megawatts, enquanto Angra 3 deverá ter 1,4 mil megawatts.
Exame
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