Instituído pela Organização das Nações Unidas (Onu) em 1993, neste 22 de março é comemorado o Dia Mundial da Água. A data tem como objetivo conscientizar a população e lembrar dos riscos que a ausência desse recurso natural poderia causar. Por isso, a Gazetaweb foi em busca de informações sobre o desperdício de água em Alagoas e descobriu que 43% da água fornecida se perde, sendo de 20 a 30% desperdiçada em vazamentos, e que apenas 37% da cidade de Maceió conta com rede de esgoto.
Esses são os dados disponibilizados pela Companhia de Saneamento Básico de Alagoas (Casal), que atua em 77 dos 102 municípios alagoanos. O índice referente a perda de água significa que, a cada 100 litros captados no manancial, tratados e distribuídos, somente 57 são medidos nos hidrômetros.
“Os outros 43 litros são considerados perdas, porém, não são 43 litros perdidos em vazamentos de água na rua. Essa é a perda geral, que se refere tanto a perdas físicas (vazamentos na rua) quanto a perdas comerciais, como quando a água que é usada por alguém, que chega às residências, não é faturada”, explica a Companhia.
De acordo com ela, entre 8,6 e 12,9 litros seria a quantidade perdida de fato em vazamentos, ou seja, de 20 a 30% da água, enquanto o restante, cerca de 34,4 litros, é consumido por formas inadequadas, como ligações clandestinas, by pass (gato de água), furto de água nas adutoras e outras formas de irregularidades.
Somente 37% de Maceió conta com rede de esgoto, o que ocasiona descarte de rejeitos em locais inadequados e prejudica o meio ambiente FOTO: JONATHAN LINS/ARQUIVO G1/ALApesar dos números estaduais, o cuidado com a água na capital alagoana tem outro dado ainda mais alarmante: apenas 37% de Maceió possui rede de esgoto. A Casal aproveitou a ocasião para esclarecer sobre os investimentos que são feitos para melhorar o serviço e a preservação de um dos maiores bens naturais.
“Nós temos dois projetos voltados à área de saneamento básico. Temos a Parceria Público-Privada (PPP) para a região do Tabuleiro dos Martins e bairros adjacentes, beneficiando cerca de 160 mil pessoas, que já está em obras e deve ser concluída nos próximos dois anos. A obra da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), situada no Benedito Bentes, também já começou. Essa ETE faz parte do novo sistema para atender o Tabuleiro e bairros vizinhos e p investimento é em torno de R$ 289 milhões”, afirma.
Além disso, eles possuem uma outra iniciativa, o contrato de locação de ativos, que atende os bairros do Farol, Pinheiro, Pitanguinha, Gruta de Lourdes, Jardim Petrópolis, Canaã, Santo Amaro e Ouro Preto. “Esse deve beneficiar cerca de 200 mil pessoas. As obras de implantação da rede coletora já começaram. A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) vai ficar situada numa área por trás do Quartel do Exército e também deve ser concluída em dois anos. O investimento médio é de R$ 185 milhões”, finaliza.
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