Um ato de crueldade contra um animal está causando revolta e deixando chocados internautas. Fotos e vídeos de uma gatinha viralizaram nas redes sociais, nesta quinta-feira. Ela aparece instantes depois de ter sido esfolada viva e ter o rabo cortado por um homem que ainda não foi identificado. O animal foi resgatada pelo Projeto Acolher, na última quarta (17), no bairro Vergel do Lago, nas primeiras horas da tarde. “Alguém pegou uma faca, arrancou o couro dela e cortou o rabo”, detalha Naíne Teles, coordenadora do Projeto Acolher, que resgata e cuida de animais de rua, vítimas de maus-tratos.
Melissa, como foi ‘batizada’ pela equipe de resgate, chegou à clinica em que está internada em estado grave. O veterinário responsável pelo atendimento, Paulo César Vasco, descreve o estado da gata logo após o resgate: “Ela estava desidratada, apresentava uma lesão perfuro cortante no dorso (pegando do pescoço e indo até o começo da calda, que foi amputada). A pele estava toda solta e já estava iniciando um processo de infecção na pele, com secreção.”
Melissa recebeu medicação para dor, antibióticos, e é submetida a vários curativos durante o dia. Segundo o veterinário, ela deveria ter sido submetida a uma cirurgia, porém estava, e ainda está, muito debilitada para enfrentar o procedimento.
De acordo com a presidente da comissão de Bem Estar Animal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL), Rosana Jatobá, os vizinhos têm medo de identificar os autores do crime, apesar de aparentemente saberem quem cometeu o delito. “Para fazer um crime desse nível com o animal, ele deve ter sido amarrado. Provavelmente o ato não foi feito por uma pessoa sozinha. Um animal que sofre esse nível de dor deve ter gritado muito. É impossível que ninguém escute. Que ninguém saiba”, dise Rosana Jatobá.
A comissão da OAB atua de modo assistencial em casos como esse, dando suporte ao regaste, trabalhando conscientização em parceria com as ONG’s e, quando necessário, fornecendo aparato legal. Porém, não cabe à comissão a investigação relacionada ao crime.
Apesar da lei sancionada em 2010 que cria a Delegacia Especializada de Combate aos Crimes contra o Meio Ambiente, Alagoas não possui nenhuma delegacia desse tipo. Apesar dessa lacuna, Rosana Jatobá esclarece que denúncias dessa natureza podem ser feitas em qualquer delegacia “Todas as delegacias são responsáveis por receber as queixas de maus-tratos animais e apurar os casos”.
Até a publicação dessa matéria nenhuma queixa formal havia sido prestada nas delegacias na capital.
Melissa segue internada em estado grave e necessita de doações de alimentos, medicamentos. Não há previsão de alta ou tempo estipulado para sua recuperação, devido à gravidade dos ferimentos.
As doações podem ser feitas através do Projeto Acolher. Mais informações pelo telefone (82) 98595424
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