O comandante geral da Polícia Militar de Alagoas, coronel Paulo Amorim, determinou a formação de um grupo de trabalho para investigar as circunstâncias do acidente que deixou gravemente ferido o tenente Abraão da Silva Taveira, de 39 anos, durante treinamento militar no Distrito Federal (DF).
Amorim foi a Brasília e já se reuniu com o comando-geral da PM, do Corpo de Bombeiros e instrutores do curso para buscar esclarecimentos acerca do fato.
À Gazetaweb, ele informou que ouviu explicações técnicas sobre os procedimentos realizados na capacitação, mas decidiu que pretende levar uma comissão de Alagoas ao DF para uma apuração paralela.
“Fomos recepcionados pelo comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, pela comandante do Corpo de Bombeiros e pelo corpo técnico do curso. Levamos um médico de Alagoas para acompanhar a conversa e nos unimos aos familiares do tenente Taveira para tentar entender o que, de fato, aconteceu. Nós enviamos um oficial vivo e queremos trazê-lo de volta do mesmo jeito”, afirmou o coronel Paulo Amorim.
Ele confirmou que vai nomear um grupo de trabalho para ser enviado à Brasília com o objetivo de investigar as circunstâncias do acidente. Por enquanto, ele disse que o caso está sendo apurado e a alegação dos técnicos é de que o militar alagoano passou mal durante o treinamento, mas que todas as providências para salvá-lo estão sendo tomadas.
“O curso é da Polícia Militar, mas a instrução onde aconteceu o acidente estava sob responsabilidade do Corpo de Bombeiros. As corporações de Brasília estão apurando a situação e a Polícia Militar de Alagoas também tem total interesse em investigar. O tenente Taveira está internado no Hospital de Base, que é um dos melhores da região, e sendo bem assistido”, atestou o comandante da PMAL.
Amorim ainda vai ao hospital conversar com o neurologista responsável pelo atendimento ao militar e passar no local onde o curso estava sendo ministrado.
O acidente aconteceu na última quarta-feira (30), em Curso de Cinotecnia — de preparação de cães. Segundo relatos, os alunos estavam no Centro de Treinamento Operacional (CTO), quando foram vendados e jogados em uma manilha com água. Durante o exercício, o tenente teria passado mal, batido a cabeça e ficado submerso por alguns minutos.
No entanto, quando foi retirado da manilha, o tenente estava em parada cardiorrespiratória, sendo reanimado por cerca de 38 minutos.
Por meio de nota conjunta, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar do Distrito Federal disseram que situações do curso “buscam alcançar todas as circunstâncias de atuação que o policial militar pode vir a ter que enfrentar”.
De acordo com os participantes, a instrução guiada pelos bombeiros “não agrega em nada” e alguns falam em “tortura”. Segundo militares, além do policial de Alagoas, outros também se feriram durante a instrução.
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