Mesmo com a Petrobras produzindo 80% do combustíveis consumidos dentro do Brasil, a quantidade parece não ser suficiente para manter o abastecimento nos postos de combustíveis. Em Alagoas, a preocupação dos empresários tem sido com um possível desabastecimento dos estabelecimentos, devido a guerra entre Rússia e Ucrânia, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Alagoas (Sindicombustíveis-AL).
De acordo com o presidente da entidade, James Thorp Neto, a principal preocupação é com a falta de óleo diesel. Atualmente o Brasil consume os outros 20% do mercado externo, feito pela importação do setor privado. E como o preço internacional está mais caro do que o preço nacional, as distribuidoras estão evitando fazer novas compras.
“Assim, a pouca quantidade de produto importado que está sendo comprada pelas distribuidoras já sente um reflexo do aumento dos valores, os quais, inclusive, já estão sendo repassados para os postos”, disse Neto.
Ele explicou ainda que o setor recebeu, as distribuidoras só estão conseguindo realizar a compra com a Refinaria da Petrobras das cotas já pré-estabelecidas, sem a possibilidade de compra de cotas extras de produtos, o que impacta no preço do produto comercializado.
Valores congelados
A possibilidade de congelamento dos preços dos combustíveis praticados pela Petrobras, em discussão no governo Jair Bolsonaro, levantou o temor entre executivos do setor de petróleo e técnicos do Ministério de Minas e Energia (MME) de desabastecimento de gasolina, diesel e gás de cozinha.
O principal temor hoje observado no mercado é com relação ao óleo diesel, combustível mais importado. Esse cenário reforça os argumentos de integrantes do governo em defesa de um subsídio temporário para o preço dos combustíveis, no lugar de apenas segurar o preço da Petrobras.
Hoje, a estatal pratica o que é chamado de paridade de preço internacional, que leva em consideração os valores do barril de petróleo e do dólar para definir os valores dos combustíveis no mercado interno. Essa política é alvo agora do governo Bolsonaro e do Congresso Nacional.
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